13 abril, 2009

Mark Strand

Num campo
eu sou a ausência
de campo.
Este é
sempre o caso.
Onde quer que esteja
sou aquilo que falta.

Quando caminho
separo o ar
e o ar move-se
para ocupar os espaços
onde o meu corpo esteve.

Temos todas as razões
para nos movermos.
Eu movo-me
para manter as coisas intactas.


(com uma vénia a "do trapézio, sem rede")

Um comentário:

há palavra disse...

Olá, Cristina:

Feliz pela descoberta que fiz - pesquisava sobre a "imaginação" e encontrei o que queria e muito mais... As lindas frases que você recolheu das crianças sobre "de onde vêm as palavras" me encantaram e peço autorização para postá-las em meu blog [www.hapalavra.blogspot.com]. Na verdade, elas já estão lá, mas se você não autorizar eu as retiro...

Sou professor de artes no ensino fundamental - você também trabalha arte com crianças?

Abraço grande pra ti, bons
caminhos!

Raul Motta