31 janeiro, 2014

cristina tavares, 2005

29 janeiro, 2014

cristina tavares, 2005

26 janeiro, 2014

cristina tavares, 2005

25 janeiro, 2014

poesia visual

cristina tavares, 2005


cristina tavares, 2005


cristina tavares, 2005


cristina tavares, 2005

CRÍPTICA

Para quem não sabe ler
Toda a escrita é críptica

O alfabeto cirílico é críptico para mim

Os ideogramas chineses ou japoneses
São igualmente crípticos (para mim)

Para os economistas
A poesia é críptica

Para os imbecis
A inteligência é críptica

Para os cegos de nascença
A cor é críptica

Para todos os homens
A sua vida é críptica

Para os vivos
A morte é críptica

Para os mortos
O que será a morte?


E.M. de Melo e Castro, "No Limite das Coisas"
cristina tavares, 2005




cristina tavares, 2005

Alberto e E.M. -poesia visual

Alberto Pimenta, Black&White,1977 
obrigada por toda a poesia visual 
do site

















Eu insisto na palavra “poema”, justamente porque todo este processo, para mim, é um complexo processo de poiésis, no sentido grego mais rigoroso, isto é, o de fazer aquilo que ainda não foi feito.”

E.M.de Melo e Castro, O caminho do leve.  Catálogo Museu de Arte Contemporânea, 2006. 


E.M. de Melo e Castro



Apolinnaire - poesia visual



























reconheça
 essa adorável pessoa é você

sem o grande chapéu de palha

olho
nariz
boca

aqui o oval do seu rosto

seu     lindo  pescoço

                                    um pouco
                                    mais abaixo
                                    é seu coração
                                                que bate

aqui enfim
a imperfeita imagem
de seu busto adorado
visto como
se através de uma nuvem

Caligrama de Guillaume Apollinaire, (trad. de Álvaro Faleiros, 2008)




24 janeiro, 2014

Retrato Proletário
  
Uma jovem alta sem chapéu
de avental

Parada na rua com o cabelo
puxado para trás

Um pé com a peúga tocando
a calçada

O sapato na mão. Examinando-o
atentamente

Retira a palmilha
à procura do prego

Que a magoava tanto


William Carlos Williams, "Antologia Breve"

23 janeiro, 2014

Every bird that sings, and every bud that blooms, does but remind me more of that garden unseen, awaiting the hand that tills it.


Emily Dickinson, numa carta para Susan Gilbert, 1852

19 janeiro, 2014

CT, 2014, narcisos (da série desenhos de maio)

18 janeiro, 2014

Na arte só uma coisa importa: aquilo que não se pode explicar.

Georges Braque

Robert Doisneau, "Georges Braque a Varengeville",1953

Georges e René, outra vez

Em 1949, Georges Braque realizou 4 gravuras para ilustrar a criação radiofónica "Le Soleil des Eaux" de René Char.




Georges e René

Em 1963, Georges Braque criou 27 litografias  para ilustrar o poema Lettera  Amorosa,  o seu poema preferido de René Char.










Georges e Saint-John

Saint-John Perse compôs um poema, "L'Ordre des Oiseaux" em honra de Georges Braque. Nele fala dos pássaros, numerosos na obra de Braque. A propósito, o pintor  realizou 12 gravuras.








Georges e Guillaume

Georges Braque criou18 gravuras para acompanhar o poema "Si Je Mourais Là-bas", de Guillaume Apollinaire.O livro de artista saiu em 1962, nas Éditions Brodier, por altura dos 80 anos de Braque.



Georges Braque,"Les Poissons Noirs", 1942

Georges Braque, Dois Salmonetes, 1941

Luc Fournol, "Georges Braque", 1963

















Trabalhar a partir da natureza é improvisar.
Georges Braque

17 janeiro, 2014

«Não é necessário observar o trabalho de alguém
para saber se é essa a sua vocação,

basta olhá-lo nos olhos:
um cozinheiro apurando um molho,

um cirurgião abrindo a pele,
um escriturário preenchendo uma relação

de embarque, têm a mesma expressão
distraída, embevecidos na sua tarefa.

Que bela é essa devoção
do olho pelo objecto.

Ignorar a deusa sedutora,
abandonar os sacrários magníficos

de Rea, Afrodite, Demeter, Diana,
preferir rezar a S. Focas,

Santa Bárbara, S. Saturnino,
ou outro padroeiro qualquer,

de cujo mistério se seja merecedor,
que passo gigantesco foi dado.

Deveria haver monumentos e odes
aos heróis desconhecidos que começaram,

a quem arrancou as primeiras faíscas
da pederneira e esqueceu o jantar,

ao primeiro coleccionador de conchas
que ficou celibatário.

Se não fossem eles, onde estaríamos?
Ainda ferozes, sem hábitos caseiros,

errando através das florestas,
com nomes sem consoantes,

escravos da Dama gentil, sem
noções da civilidade

e hoje à tarde, para esta morte,
não haveria agentes funerários.»


W.H. Auden, "O Massacre dos Inocentes"

16 janeiro, 2014

Não será a bondade a recompensa da bondade? (Alcorão LV, 60)

(com vénia a abordo.blogspot.com )
CT, 2014, pequeno ramo derrubado (da série desenhos de maio)


13 janeiro, 2014

CT, 2014, pequenos ramos derrubados (da série desenhos de maio)

12 janeiro, 2014

Não digas onde acaba o dia.
Onde começa a noite.
Não fales palavras vãs.
As palavras do mundo.
Não digas onde começa a Terra,
Onde termina o céu.
Não digas até onde és tu.
Não digas desde onde é Deus.
Não fales palavras vãs.
Desfaz-te da vaidade triste de falar.
Pensa, completamente silencioso.
Até à glória de ficar silencioso,
Sem pensar.


Cecília Meireles, "Antologia Poética"
CT,2014, saramago, (da série desenhos de maio)

11 janeiro, 2014

«Nem um murmúrio, nem um pensamento,
Nem um beijo, nem um olhar se hão-de perder."

W.H.Auden


(parabéns, t.)


CT, 2014, pequenos narcisos (da série desenhos de maio)

10 janeiro, 2014

CT,2014,bolbos de narcisos (da série desenhos de maio)

09 janeiro, 2014


CT,2014, magnólias (da série desenhos de maio)

08 janeiro, 2014


CT, 2014, magnólia (da série desenhos de maio)

06 janeiro, 2014


CT, 2014, bagas (da série desenhos de maio)




05 janeiro, 2014



Pela manhã, sete pássaros
a cantar numa antena
porque hei-de eu estar triste


graça t
CT, Íris (da série desenhos de maio), 2014
CT, Íris (da série desenhos de maio), 2014

04 janeiro, 2014

Paul Klee, "La Chambre de Roche", 1923


















Felix Klee, "Paul Klee", 1921

03 janeiro, 2014

"Edouard Vuillard", por Félix Vallotton, 1893
 "Vallotton et Mlle Nathanson", por Edouard Vuillard,1897


Edouard Vuillard, Autoretrato, 1891

Edouard Vuillard, O leitor(Romain Coolus), 1890