28 julho, 2011

a ler Klee

"25. Pelo buraco da cerca no jardim, roubei um bolbo de dália e transplantei-o no meu jardim de um metro quadrado. Tinha esperança de ver nascer lindas folhas e talvez uma flor amiga. Mas cresceu todo um arbusto, coberto de flores vermelho-escuras. Isso despertou-me um certo medo e cheguei a pensar em renunciar à minha posse, dando-a de presente (oito anos)."

"27. No restaurante do meu tio, o homem mais gordo da Suíça, havia mesas com tampo de mármore polido, onde se via um emaranhado de linhas petrificadas. Nelas podíamos descobrir figuras humanas grotescas e aprisioná-las com o lápis. Eu adorava fazer isso; primeiros documentos da minha 'inclinação pelo bizarro' (nove anos)."

Diários de Paul Klee (lembranças de infância)


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