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09 abril, 2020

TRADUÇÕES DA QUARENTENA - 8 Anne Perrier


Quanto mais o tempo se faz sombrio
E o caminho árido
Mais eu encho
O meu lenço de estrelas
........
Escondem-se, diz-se, para morrer.
Eu digo
Que nunca nenhum pássaro morre
Mas que muito alto, entre a espuma
E os remoinhos de astros, os seus cantos
de planeta em planeta saltam
para a fonte.
........
… Era loucura
Querer eternizar
A dança e a estação florida

Anne Perrier (Suíça, 1922-2017) Tradução de Cristina Tavares e José Mota Pinto de Sá