A verdadeira liberdade é justamente poder não ter, poder abdicar, renunciar, poder prescindir. Essa é que é a verdadeira liberdade, esse é que é o luxo.
Rui Chafes ( no documentário de João Trabulo, Durante o Fim, 2017)
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21 março, 2019
22 maio, 2017
29 abril, 2016
Etty Hillesum
Nova certeza: que querem o nosso extermínio. Também isso aceito. Sei-o agora. Não vou incomodar outros com os meus medos, não vou ficar amargurada se outras pessoas não entenderem do que se trata, para nós, judeus. Esta certeza não vai ser corroída ou invalidada pela outra. Trabalho e vivo com a mesma convicção e acho a vida prenhe de sentido, cheia de sentido apesar de tudo, embora já não me atreva a dizer uma coisa destas em grupo. O viver e o morrer, o sofrimento e a alegria, as bolhas nos meus pés gastos e o jasmim atrás do quintal, as perseguições, as incontáveis violências gratuitas, tudo e tudo em mim é como se fosse uma forte unidade, e eu aceito tudo como uma unidade e começo a entender cada vez melhor, espontaneamente para mim, sem que ainda o consiga explicar a alguém, como é que as coisas são. Gostava de viver longamente para no fim, mais tarde, conseguir explicar, e se isso não me for dado, pois bem, nesse caso uma outra pessoa irá fazê-lo e então um outro continuará a viver a minha vida, ali onde a minha foi interrompida, e por isso tenho de viver a minha vida tão bem e tão completa e convincentemente quanto possível até ao meu derradeiro suspiro, para que o que vem a seguir a mim não precise de começar de novo nem tenha as mesmas dificuldades.
Etty Hillesum, Diário 1941-1943
(obrigada, Graça)
26 abril, 2016
rolas e njinguiritanes
25 abril, 2016
19 abril, 2016
no meio está uma fogueira
Alfredo Cunha, Salgueiro Maia, 25 de Abril de 1974 |
Esta linguagem é pura. No meio está uma fogueira
e a eternidade das mãos.
Esta linguagem é colocada e extrema e cobre, com suas
lâmpadas, todas as coisas.
As coisas que são uma só no plural dos nomes.
- E nós estamos dentro, subtis e tensos
na música.
Herberto Helder, Poesia Toda
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09 julho, 2015
10 maio, 2015
25 abril, 2015
24 abril, 2015
William Faulkner
-Falou de liberdade económica. Um
escritor precisa dela?
-Não. Um escritor não precisa de
liberdade económica. Precisa apenas de um lápis e de algum papel. Nunca tive
conhecimento de nada de bom na escrita que tivesse resultado da aceitação de um
presente ou de dinheiro. Um bom escritor nunca se candidata a uma fundação.
Está demasiado ocupado a escrever qualquer coisa. Se ele não for um escritor de
primeira engana-se a si próprio dizendo que não tem tempo ou que lhe faltam
as condições económicas necessárias. A boa arte pode surgir vinda de
ladrões, de contrabandistas ou de moços de estrebaria. As pessoas, de facto,
têm medo de descobrir até que ponto aguentam a adversidade e a pobreza. Têm
medo de descobrir até que ponto resistem. Nada pode destruir um bom escritor. A
única coisa que pode afectar um bom escritor é a morte.
William Faulkner, Entrevistas da Paris
Review (Tinta da china, 2009)
06 dezembro, 2013
Nelson Mandela
"É uma conquista para um homem cumprir o seu dever na terra independentemente das consequências".
"O que conta na vida não é o facto de termos vivido. É
a diferença que fizemos para a vida dos outros."
25 abril, 2010
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