A nossa sociedade engendra novos medos. Porque a modernidade, que se tornou «líquida», fez triunfar a perpétua incerteza: a busca de sentido e de referências estáveis foi substituída pela obsessão da mudança e da flexibilidade. O culto do efémero e os projectos a curto prazo favorecem o reinado da concorrência em detrimento da solidariedade e transformam os cidadãos em caçadores ou, pior ainda, em presas. Assim, o presente líquido segrega indivíduos medrosos, habitados pelo receio da insegurança.»
Zygmunt Bauman, Modernidade Líquida