São tão belos estes desenhos. Desde o primeiro ao último, formam-se grupos diferentes, avanços na simplicidade mais subtil e comovente, ou rumam a uma radicalidade inesperada. Por vezes o azul é dócil e luminoso, outras, é misterioso e cortante. O desenho salva-nos. Milhares de anos antes de Platão ter concluído a República e assim fundado a filosofia tal como hoje à conhecermos, seres humanos (a quem tão estupidamente chamam pré-historicos), como os habitantes da actual Dordogne, em França, recortaram desenhos nas paredes das grutas deixando ver o mundo como então era, não pelo que figura, mas pelo que lá está ausente: o sonhado:o inexplicável. Salvaram-se pelo desenho. Os Touros de Altamira precedem toda a Filosofia do mundo, mas já contêm a essência da consciência humana. O desenho salva-nos porque é feito com as mãos, em extensão do corpo, saí das pontas do corpo, enquanto a mente, desenvolta, elástica, gigante, sabe tudo.
Um comentário:
São tão belos estes desenhos. Desde o primeiro ao último, formam-se grupos diferentes, avanços na simplicidade mais subtil e comovente, ou rumam a uma radicalidade inesperada. Por vezes o azul é dócil e luminoso, outras, é misterioso e cortante.
O desenho salva-nos.
Milhares de anos antes de Platão ter concluído a República e assim fundado a filosofia tal como hoje à conhecermos, seres humanos (a quem tão estupidamente chamam pré-historicos), como os habitantes da actual Dordogne, em França, recortaram desenhos nas paredes das grutas deixando ver o mundo como então era, não pelo que figura, mas pelo que lá está ausente: o sonhado:o inexplicável. Salvaram-se pelo desenho. Os Touros de Altamira precedem toda a Filosofia do mundo, mas já contêm a essência da consciência humana.
O desenho salva-nos porque é feito com as mãos, em extensão do corpo, saí das pontas do corpo, enquanto a mente, desenvolta, elástica, gigante, sabe tudo.
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