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01 dezembro, 2017

Roland Barthes

Cristina Tavares, Novas Colagens (Que Penso do Amor?), nov 2017




















Que penso do amor? - Em suma, nada penso. Gostaria de saber o que é, mas, estando nele embrenhado, vejo-o em existência, não em essência. (...) Assim, por mais que discorra sobre o amor ao longo do ano, apenas poderei ter a esperança de agarrar o conceito «pela cauda»: por relâmpagos, fórmulas, surpresas de expressão, dispersos através da grande corrente do Imaginário; estou do lado mau do amor, do seu lado deslumbrante: «O lugar mais sombrio, diz um provérbio chinês, situa-se sempre sob a lâmpada.»

Roland Barthes, Fragmentos de Um Discurso Amoroso (edições 70)