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19 abril, 2015

A Luz basta-se a si própria –
Se outros a querem ver
Podem recolhê-la nos vidros da Janela
Em certas Horas do Dia 

Mas não como Recompensa –
Ela possui um tão grande Fulgor
Para o Esquilo nos Himalaias
Precisamente – Como para Mim 


Emily Dickinson , trad. Cristina Tavares, 2015

Light is sufficient to itself - / If others want to see / It can be had on Window panes / Some Hours of the Day - // But no t for Compensation - / It holds as large a Glow / To Squirrel in the Himmaleh / Precisely - as to Me –

11 abril, 2015

Olhar o Céu de Verão
É Poesia, que ela nunca se deita num livro –
Os Poemas Verdadeiros voam –


Emily Dickinson , trad.  Cristina Tavares, 2015    (obrigada G.)


To see the Summer Sky / Is Poetry, though never in a Book it lie – / True Poems flee –

10 abril, 2015

A Dor – tem uma Lacuna –      
Não consegue recordar
Quando começou – ou se houve
Uma altura em que não existiu –

Não tem Futuro – senão ela mesma
O seu Infinito contém
O seu Passado – iluminado para detectar
Novos Períodos – de Dor.


Emily Dickinson , trad.  Cristina Tavares, 2015

Pain – has an Element of Blank – / It cannot recollect / When it begun – or if it there were / A time when was not – //It has no Future – but itself – / Its Infinite contain / Its Past – enlightened to perceive / New Periods – of Pain.     

09 abril, 2015

Uma palavra morre
Quando é dita,
Dizem alguns.

Eu digo que só
Começa a viver
Nesse dia.


Emily Dickinson , trad.  Cristina Tavares, 2015

A word is dead / When it is said, / Some say. // I say it just / Begins to live / That day.

06 abril, 2015

Opinião é uma coisa esvoaçante,
Mas a Verdade, dura mais que o Sol –
Se não as pudermos ter às duas –
Possuamos a mais antiga –

Emily Dickinson , trad. © Cristina Tavares, 2015


Opinion is a flitting thing, / But Truth, outlasts the Sun - /  If then we cannot own them both - / Possess the oldest one –

05 abril, 2015

Emily Dickinson

(...)
Mas o Trabalho pode ser um eléctrico Descanso
Para aqueles que fazem Magia -

Emily Dickinson trad. © Cristina Tavares, 2015


But Work might be electric Rest  // To those that Magic make – 


A Eternidade – é composta de Agoras –
Não são tempos diferentes –
Excepto para a Eternidade –
E Latitude de Casa –

A partir daqui – experiente Aqui –
Remove as Datas – para Essas –
Deixa os Meses  dissolverem-se em mais Meses –
E Anos –desvanecerem-se em Anos –

Sem Argumentos  – ou Pausas –
Ou Dias Comemorativos –
Não seriam diferentes os Nossos Anos
Da Vida Eterna –


Emily Dickinsontrad. © Cristina Tavares, 2015



Forever - it composed of Nows - / 'Tis not a different time - / Except for Infiniteness - / And Latitude of Home - / From this - experienced Here - / Remove the Dates - to These - / Let Months dissolve in further Months - / And Years - exhale in Years -/ Without Debate - or Pause - / Or Celebrated Days - / No different Our Years would be / From Anno Dominies -
Uma coisa de ti cobiço –
O poder de esquecer –
O patético da Avareza
Financia as suas Impurezas –

Uma coisa de ti levo emprestado
E prometo devolver –
Os Despojos e a Dor
De ter conhecido a tua Doçura –


Emily Dickinson , trad. © Cristina Tavares, 2015


One thing of thee I covet - / The power to forget - / The pathos of the Avarice / Defrays 
the Dross of it - // One thing of thee I borrow / And promise to return - / The Booty and 
the Sorrow /Thy Sweetness to have known -

04 abril, 2015

Para fazer um prado é necessário um trevo e uma abelha,
Um trevo, e uma abelha,
E devaneio.
O devaneio só também serve,
Se as abelhas forem poucas.


Emily Dickinson, trad. © Cristina Tavares, 2015

To make a prairie it takes a clover and one bee, / One clover, and a bee, / And revery. / The revery alone will do, / If bees are few.

03 abril, 2015

Para preencher uma Falha
Insere a Coisa que a causou –
Bloqueia-a
Com Outra Coisa – e abrirá ainda mais  
Não podes soldar um Abismo
Com Ar.


Emily Dickinsontrad. © Cristina Tavares, 2015

To fill a Gap / Insert the Thing that caused it - / Block it up / With Other - and 'twill yawn the more - / You cannot solder an Abyss / With Air.
Não podes suspender um Incêndio -
Uma coisa que arda
Pode ir, por si, sem um Sopro
Pela noite mais lenta –

Não podes cingir uma Inundação
E pô-la numa Gaveta –
Porque os Ventos encontrá-la-iam –
E di-lo-iam ao teu Chão de Cedro -


Emily Dickinsontrad. © Cristina Tavares, 2015

You cannot put a Fire out - /A Thing that can ignite / Can go, itself, without a Fan - / Upon the slowest night - / You cannot fold a Flood - / And put it in a Drawer - / Because the Winds would find it out - /And tell your Cedar Floor -
O meu olhar está mais cheio que a minha jarra 
A Sua Carga – é de Orvalho –
E no entanto –  meu Coração – o meu olhar pesa mais –
Índia Oriental – para ti!


Emily Dickinsontrad. © Cristina Tavares, 2015

My eye is fuller than my vase - / Her Cargo - is of Dew - / And still - my Heart - my eye outweighs - / East India - for you!
Se O que Pudéssemos– fosse o que tivéssemos –
O Critério seria – modesto –
É Fundamento do Falar –
A Impotência de Dizer   


Emily Dickinson trad. © Cristina Tavares, 2015

If What we Could - were what we would - /Criterion - be small -/ It is the Ultimate of Talk -/ The Impotence to Tell -

02 abril, 2015


Não pintarei   um quadro –
Serei antes Um
Com a sua luminosa impossibilidade
Para nele – delicioso  habitar 
E interrogar-me como se sentem os dedos
De quem – celestialmente – se agita e
Evoca de modo doce um tormento
Tão sumptuoso – Desespero –

Não falarei – como Corneta –
Antes serei Uma
Erguida  suavemente para o Horizonte –
E fora, e dentro –
Através dos Povoados do Éter-
Eu sobre o Balão –
Através de um lábio de Metal
Ancoradouro para o meu Pontão   

Nem serei  um Poeta –
É melhor – possuir o Ouvir –
Enamorado – impotente – satisfeito –
A Licença para venerar,
Um privilégio tão terrível
Qual seria o Dote,
tivesse eu a Arte de me espantar
Com Dardos – de Melodia!


Emily Dickinson trad. © Cristina Tavares, 2015


I would not paint - a picture - / I'd rather be the One /It's bright impossibility /To dwell - delicious - on - /And wonder how the fingers feel /Whose rare - celestial - stir - /Evokes so sweet a torment - Such sumptuous - Despair -// I would not talk, like Cornets - /I'd rather be the One / Raised softly to Horizons - /And out, and easy on - /Through Villages of Ether - /Myself up borne Balloon / By but a lip of Metal -/ The pier to my Pontoon - // Nor would I be a Poet - /It's finer - own the Ear - /Enamored - impotent - content - /The License to revere, /A privilege so awful /What would the Dower be, /Had I the Art to / stun myself / With Bolts - of Melody! 

28 março, 2015

Março é o Mês da Expectativa.
As coisas que não conhecemos –
As pessoas que fazem previsões
Vêm agora –
Tentamos mostrar alguma firmeza –
Mas a pomposa Alegria
Trai-nos, como o primeiro Noivado
Trai um Rapaz.

Emily Dickinson , trad. © Cristina Tavares, 2015


March is the Month of Expectation./The things we do not know – / The Persons of prognostication / Are coming now – /We try to show becoming firmness – / But pompous Joy / Betrays us, as his first Betrothal / Betrays a Boy.


26 março, 2015

Emily e eu e Ilse

A Beleza não se provoca – Ela é –
Persegue-a, e ela cessa 
Não a procures, e ela habita.



Emily Dickinson , trad. © Cristina Tavares, 2015

Beauty is not caused — It is — / Chase it, and it ceases — / Chase it not, and it abides.

Ilse Bing, Paris, 1952





10 março, 2015

E e E

One need not be a chamber to be haunted.

Não precisamos de ser um quarto para se ser assombrado.


Emily Dickinson trad. © Cristina Tavares, 2015

Ellsworth Kelly, Flower Drawing