18 fevereiro, 2007


Vilma Celmins , S/título, 2005

arte de inventar personagens

Pomo-nos bem de pé, com os braços muito abertos
e olhos fitos na linha do horizonte
Depois chamamo-los docemente pelos seus nomes
e os personagens aparecem

Mário Cesariny, "Manual de Prestidigitação"

14 fevereiro, 2007


Claes Hake

Claes Hake

13 fevereiro, 2007


Edouard Vuillard, "Interior - Mãe e irmã do artista",1893

11 fevereiro, 2007


Gertrude Goldshmidt, s/título, 1970

Charles Marville, "Catedral de Chartres", 1855

Henri Le Secq, "Chartres", 1852

10 fevereiro, 2007


André Lhote, "Femme Lisant",1945

09 fevereiro, 2007


Félix Vallotton, "La Paresse", 1896

06 fevereiro, 2007


Manet, "A amante de Baudelaire Recostada", 1862

04 fevereiro, 2007

pedir a um homem que nunca se distraia


Henryk Hermanowicz, "Mulher Com Olhos Fechados",1937

Sentir a justiça de um texto muito antes de ter compreendido o seu significado, graças àquele puro timbre que pertence apenas ao estilo mais nobre: o qual por sua vez nasce da justiça.
(...)
Não conheço poesia universal sem uma raiz bem precisa: uma fidelidade, um retorno.
(...)
na poesia, a imagem preexiste à ideia que passa por dentro dela. Durante anos ela pode seguir um poeta, doméstica e fabulosa, familiar e inquietante, com frequência uma imagem da primeira infância, o nome estranho de uma árvore, a insistência de um gesto. Espera com impaciência que a preencha a revelação.
(...)
A atenção é o único caminho para o inexprimível
(...)
Pedir a um homem que nunca se distraia, que se subtraia sem descanso ao equívoco da imaginação, à preguiça do hábito, à hipnose do costume, a sua faculdade de atenção, é pedir-lhe que actue na sua máxima força.
É pedir-lhe uma coisa próxima da santidade numa época que parece procurar apenas, com cega fúria e arrepiante sucesso, o divórcio total da mente humana em relação à sua faculdade de atenção.

Cristina Campo, “Os Imperdoáveis”

02 fevereiro, 2007


John Heartield, entre 1930-37

John Heartfield, entre 1930-37

01 fevereiro, 2007

caligrafia inexplicável

# 35
não sei se é real… fiquei
com a boca seca e isso distraiu-me.
chegámos a dizer adeus?se não o dissemos não o devemos
dizer agora. nunca devemos
dizer adeus
depois de crescerem cadáveres:
vasos dentro de nós.




# 34
qualquer coisa se desprendeu de mim.
alguma.
coisa. se. desprendeu
de mim. mas o quê?

Frederico Mira George, "Caligrafia Inexplicável", 2006

Marianne Brandt, "Tempo-Tempo", 1927

Marianne Brandt, "Circus", 1926

Marianne Brandt, S/título, 1929

Marianne Brandt, "The man Who Brings Death", 1928

Marianne Brandt


Marianne Brandt, "Auto-retrato",c.1930