Um ramo com trinta anémonas azuis.
Uma com o caule quebrado em vários sítios,
cada quebra dá-lhe um movimento diferente.
Assim é ela a única flor que olha lá para fora.
Não penses logo: é o poeta. Ele ainda não sabe
não sabe com qual das trinta se identifica mais.
Ainda não sabe sequer que mais logo
receberá anémonas azuis.
Judith Herzberg, O Que Resta Do Dia
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