Duane Michals, René Magritte, 1965 |
29 setembro, 2014
25 setembro, 2014
Some days I feel that I exude a fine dust
like that attributed to Pylades in the famous
Chronica nera
areopagitica when it was found
and it’s because an excavationist has
reached the inner chamber of my heart
and rustled the paper bearing your name
I don’t like that stranger sneezing over our love
Frank O’Hara
24 setembro, 2014
21 setembro, 2014
187
Ana Hatherly, 463 Tisanas
Estou no hotel e tomo o pequeno almoço na sala. A meu lado está um poeta dinamarquês. Olho através da porta envidraçada que dá para um pequeno cais. Vejo surgir a proa dum enorme barco. Entra pela esquerda do meu campo de visão. Avança lentíssimo e sem qualquer ruído. Olho fascinada a aparição do enorme barco branco. Então dizem-me: vem da Finlândia, chega todos os dias às oito da manhã.
Etiquetas:
Ana Hatherly,
Elas,
poesia,
poesia portuguesa
14 setembro, 2014
06 setembro, 2014
05 setembro, 2014
04 setembro, 2014
03 setembro, 2014
Décimo segundo
Querida Sophia, restituo hoje
o oceano por ti engenhado. O
Atlântico escrito de gigante-despido
e diro… ou humilhado, e mínimo, como gente.
Algodoal num fio redondo ao fuso
que devolvo. Retorna hoje ao teu fumo
o extremo mar d’ocidente que em mim depositaste.
o oceano por ti engenhado. O
Atlântico escrito de gigante-despido
e diro… ou humilhado, e mínimo, como gente.
Algodoal num fio redondo ao fuso
que devolvo. Retorna hoje ao teu fumo
o extremo mar d’ocidente que em mim depositaste.
Frederico Mira George, Esteganographias,
2014
~~~~
Décimo nono
{«Cheguei hoje e fui até à casa onde morreste. Ainda lá está o Teixo. Fiquei uns minutos, solene, a imaginar-me.»}
{«Cheguei hoje e fui até à casa onde morreste. Ainda lá está o Teixo. Fiquei uns minutos, solene, a imaginar-me.»}
Nunca desci à praia. Mas claro,
todos os dias entrevi o mar com fotográfica
religião; senti-lhe o contorno nas pálpebras
e d’Inverno chorava ponteiros-de-relógio
, inepto, sem consumar tamanho desejo d’areia.
¡Os poetas são sempre a encarnação do desacerto!
todos os dias entrevi o mar com fotográfica
religião; senti-lhe o contorno nas pálpebras
e d’Inverno chorava ponteiros-de-relógio
, inepto, sem consumar tamanho desejo d’areia.
¡Os poetas são sempre a encarnação do desacerto!
Frederico Mira George, Esteganographias/Aqui
Começa o Atlas, 2014
Etiquetas:
Frederico Mira George,
poesia,
poesia portuguesa
02 setembro, 2014
Assinar:
Postagens (Atom)