06 fevereiro, 2017

Marianne Moore (e E.K.)

Para Uma Ave de Presa


Convéns-me, pois nem sequer te tomo a sério,
e não ficas cega pela palha que rodopia
    ao ser trazida de uma meda pelos ventos.

Sabes pensar e o que pensas dizes
com muito orgulho e fria firmeza
    de Sansão, e ninguém ousa deter-te.

O orgulho assenta-te bem, tão empertigada, ave colossal.
Nenhuma capoeira te faz parecer absurda;
   as tuas garras atrevidas são fortes, contra a derrota.


Poemas de Marianne Moore e Elisabeth Bishop (trad. Mª de Lourdes Guimarães) 



Ellsworth Kelly


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