Mostrando postagens com marcador retratos do ar. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador retratos do ar. Mostrar todas as postagens

02 fevereiro, 2017


Não habitamos a terra 
ela habita-nos

Anise Kolz, Cantos de Recusa





Resultado de imagem para matisse recortandoMatisse

01 fevereiro, 2017

um anjo


Um anjo segue-me
como a minha sombra

Habituado à sua presença
esqueço-o
como ele me esquece.

Anise Kolz, Cantos de Recusa


Matisse

28 janeiro, 2017

A Woolf

George Charles Beresford, Virginia Woolf, 1902

21 janeiro, 2017

Pierre e Edouard

Pierre Bonnard e Edouard Vuillard numa viagem a Itália, 1899

14 janeiro, 2017

Matisse, recortes

Lydia Delectorskaya, Henri Matisse, 1952

10 janeiro, 2017

David Hockney 2013

David Hockney, John Baldessari, 2013

19 dezembro, 2016

08 setembro, 2016

Frida

Sylvia Salmi, Frida Kahlo, 1944

27 agosto, 2016

Anni Albers

Anni Albers, Desenho


Anni Albers, Tapeçaria


Anni Albers, Tapeçaria



Being creative is not so much the desire to do something as the listening to that which wants to be done: the dictation of the materials. 

Anni Albers


13 agosto, 2016

Vivian e Mary

Vivian Maier, Autoretrato

























Who made the world?
Who made the swan, and the black bear?
Who made the grasshopper?
This grasshopper, I mean -
the one who has flung herself out of the grass,
the one who is eating sugar out of my hand,
who is moving her jaws back and forth instead of up and down -
who is gazing around with her enormous and complicated eyes.
Now she lifts her pale forearms and thoroughly washes her face.
Now se snaps her wings open, and floats away.
I don't known exactly what a prayer is.
I do know how to pay attention, how to fall down
into the grass, how to kneel down in the grass,
how to be idle and blessed, how to stroll through the fields,
witch is what I have been doing all day.
Tell me, what else should I have done?
Doesn't everything die at last, and to soon?
Tell me, what is it your plan to do
with your one wild and precious life?


Mary Oliver, New and Selected Poems, vol.1 (Beacon Press)

05 julho, 2016

Alejandra, Federico e Isabel

Recuerdo mi niñez
cuando yo era una anciana
Las flores morían en mis manos
porque la danza salvaje de la alegría
les destruía el corazón

Recuerdo las negras mañanas del sol
cuando era niña 
es decir ayer
es decir hace siglos


Alejandra Pizarnik

Federico Garcia Lorca e sua irmã Isabel, 1914

27 março, 2016

Aimé Césaire

A roda é a mais bela descoberta do homem e a única
existe o sol que roda
a terra que roda
existe o teu rosto que roda sobre o eixo do teu pescoço
quando choras
mas vós minutos não enrolareis na bobina da vida
o sangue lambido
a arte de sofrer aguçada como cotos de árvore
pelas facas do inverno
a corça louca de sede
que vem mostrar-me à beira de água
teu rosto de escuna desmastrada
teu rosto
como uma aldeia adormecida no fundo de um lago
e que renasce na manhã da relva
semente dos anos


Aimé Césaire, Antologia Poética


26 março, 2016

E.E.Cummings: it is art because its alive


  






























It is Art because it is alive. It proves that, if you and I are to create at all, we must create with today and let all the Art schools and Medicis in the universe go hang themselves with yesterday’s rope. It teaches us that we have made a profound error in trying to learn Art, since whatever Art stands for is whatever cannot be learned. Indeed, the Artist is no other than he who unlearns what he has learned, in order to know himself; (...) 


(...)"to become an Artist” means nothing: whereas to become alive, or one’s self, means everything.



E. E. Cummings, A Miscellany Revised

26 janeiro, 2016

Arp, Gala, Sophie Taeuber-Arp, Paul Eluard, 1928

Oh Sophie Taeuber-Arp

Sophie Taeuber-Arp, Composition dans un cercle, 1937





Sophie Taeuber-Arp


23 janeiro, 2016

Carlos de Oliveira

A noite é a nossa dádiva de sol aos que vivem do outro lado da Terra.

Carlos de Oliveira



28 novembro, 2015

Anna Akhmatova

Perdoar-me-ás esses dias de Novembro?
Nos canais que vão ao Neva tremulam as luzes.
Do trágico outono são pobres os esplendores.

(Novembro de 1913, S. Petersburgo)



´´´´´´´


Acordar de madrugada
Pois a alegria sufoca,
E olhar pela vigia
Para as vagas de cor verde,
Ou no convés com mau tempo
Gasalhada em brandas peles,
Ouvir o bater da máquina,
E não pensar em nada,
Mas, pressentindo o encontro
Com esse que se tornou minha estrela,
Pelas gotas salgadas e o vento
Em cada hora rejuvenescer.

(Julho de 1917, Slepnevo)

Anna Akhmatova, Poemas (trad. Joaquim Manuel Magalhães e Vadim Dmitriev)




24 novembro, 2015

Marina Tsvetáeva

Para não me veres - 
Na vida - cinjo-me da cerca
Invisível e penetrante.

Cinjo-me da madressilva,
Cubro-me do algodão da geada.

Para não me ouvires
Na noite - com manha de velha
Me dissimulo - e me protejo.

Cinjo-me do restolhar,
Cubro-me de ramagens. 

Para que não floresças muito
Em mim - nos silvados: enterro-me
Nos livros ainda em vida:

Cinjo-te de fantasias,
Cubro-te de ilusões.


Marina Tsvetáeva, Depois da Rússia (trad.Nina Guerra e Filipe Guerra)