08 maio, 2014

Cy Twombly


Cy Twombly,  s/ título, 1961

Cy Twombly, Ferragosto-I , 1966

Cy Twombly, Quattro Stagioni, part III : Autunno, 1993-94


 Casa de Cy Twombly, Roma


07 maio, 2014

Atelier de Cy Twombly (Paola Igliori com Alastair Thain)

05 maio, 2014

Fomos escolhidos pelos deuses
Escolhidos e abandonados
Lucidez e desencanto nos marcam.

Graça T


Cy Twombly, s/ título, 1983
























Cy Twombly, Thicket, 1981

Cy Twombly, Aurora, 1981

Cy Twombly, s/ título, 1984/85



04 maio, 2014

Amy Lowell




PROPORÇÃO
No céu há uma lua e estrelas,
E no meu jardim há mariposas amarelas
Agitando-se em torno do arbusto de azáleas brancas.



O RETIRO DE HSIEH KUNG POR LI T’AI-PO
O sol está a pôr-se – pôs-se – na Montanha Verde-Primavera.
O retiro de Hsieh Kung está solitário e quedo.
Nenhum som humano no campo de bambu.
A branca lua brilha no centro do lago do jardim abandonado.
À volta da Casa de Verão desabitada há relva apodrecida,
Musgo cinzento abafa o poço em ruínas.
Há, apenas, o vento livre, claro
Uma vez e outra passando sobre as pedras da fonte.


Amy Lowell , revista Telhados de Vidro, n.º 14
Frank Stella, Black Series, 1967

Ugo Mulas, Frank Stella, 1964

I don’t like to say I have given my life to art. 
I prefer to say art has given me my life.

Frank Stella

Frank Stella com Furuzabad ,1970

03 maio, 2014

Plastic Head










CT, fevereiro 2014, Plastic Head (da série Sleeping Head)

Enfim, enfim, já é tempo
De às aflições um fim dar.
Enfim se vão dor, pesar,
Enfim, dos males a pedra 
Em ouro será convertida.

Benjamim Schmolck (séc. XVII / XVIII), O Cardo e a Rosa - Poesia do Barroco Alemão ( trad. João Barrento)

01 maio, 2014

 André Breton, por Israelis Bidermanas

André Breton, Poema-objecto, 1941

28 abril, 2014

O Cardo e a Rosa - Poesia do Barroco Alemão (seleção de João Barrento)


















livros de horas medievais

27 abril, 2014

Matisse, Interior com Violino, 1918

25 abril, 2014

A poesia não me pede propriamente uma especialização pois a sua arte é uma arte do ser. Também não é tempo ou trabalho o que a poesia me pede. Nem me pede uma ciência nem uma estética nem uma teoria. Pede-me antes a inteireza do meu ser, uma consciência mais funda do que a minha inteligência, uma fidelidade mais pura do que aquela que eu posso controlar. Pede-me uma intransigência sem lacuna. Pede-me que arranque da minha vida que se quebra, gasta, corrompe e dilui uma túnica sem costura. Pede-me que viva atenta como uma antena, pede-me que viva sempre que nunca me esqueça. Pede-me uma obstinação sem tréguas, densa e compacta.


Sophia de Mello Breyner Andersen, Arte poética II

24 abril, 2014

Come with me
into the field of sunflowers.


Mary Oliver
Mary Oliver

Tolice? Não, não é

Às vezes passo um dia inteiro a tentar contar as folhas de uma única árvore. Para o fazer tenho de trepar ramo após ramo e de tomar nota dos números num pequeno caderno. Pelo que, do ponto de vista deles, suponho que seja razoável que os meus amigos digam: que tolice! Lá está ela de novo com a cabeça nas nuvens.

Mas não é assim. Claro que há um momento em que tenho de desistir, mas nessa altura já eu estou meio enlouquecida com tal milagre - a abundância das folhas, a quietude dos ramos, o fracasso dos meus intentos. É quando dou por mim a rugir às gargalhadas, cheia de glória terrestre, neste lugar importante e delicioso.


Mary Oliver (em http://arspoetica-lp.blogspot.pt) 

Ana Tecedeiro, 2014