25 dezembro, 2014

Sê tão feliz como se eu estivesse contigo. (Não penses que não estou agora junto a ti).
Walt Whitman, Cálamo
Pleno de vida agora, concreto, visível,
Eu, aos quarenta anos de idade e aos oitenta e três dos Estados Unidos,
A ti que viverás dentro de um século ou vários séculos mais,
A ti, que ainda não nasceste, me dirijo, procurando-te.

Quando leres isto, eu que era visível, serei invisível
Agora és tu, concreto, visível, aquele que me lê, aquele que me procura,
Imagino quanto serias feliz se eu estivesse a teu lado e fosse teu companheiro,
Sê tão feliz como se eu estivesse contigo. (Não penses que não estou agora junto a ti).

Walt Whitman, Cálamo

23 dezembro, 2014


John Stezaker, Old Mask III, 2006

John Stezaker, Pair IV, 2007

























22 dezembro, 2014

Ilse Bing, Autoretrato,Paris, 1931



Ilse Bing, Renata and Her Sister, 1934

21 dezembro, 2014

Ilse Bing, Cancan Dancer, Moulin Rouge,1931



20 dezembro, 2014

Claire Morgan, If You Go Down To The Woods, 2014

17 dezembro, 2014

Dinh Q. Lê, Untitled, (Cambodia: Splendour & Darkness Series), 1998

15 dezembro, 2014

Jean Cocteau, Raymond Radiguet endormi, 1922

14 dezembro, 2014

Rebecca Horn, Mechanischer Korperfacher, 1972

12 dezembro, 2014

Dir-se-ia que ela [a música] é uma forma superior do ar.

Rainer Maria Rilke, Apaixonadamente (correspondência com Magda von Hattingberg)

11 dezembro, 2014

A magnólia estende contra a minha escrita a tua sombra
E eu toco na sombra da magnólia como se pegasse na tua mão


Daniel Faria,  Poesia

10 dezembro, 2014

Sleep

CT, Sleep (da série Sleeping Head), 2014 
a minha mão há 10 anos

09 dezembro, 2014

Marcel Proust

      Certos espíritos amantes do mistério pretendem que os objectos conservam qualquer coisa dos olhos que os viram, que os monumentos e os quadros só nos aparecem sob o véu sensível que lhes foi tecido pelo amor e pela contemplação de tantos adoradores, ao longo de muitos séculos. Esta quimera seria verdadeira se a transpusessem para o domínio  da realidade exclusiva de cada um, para o domínio da sua sensibilidade própria. Sim, nesse sentido, e apenas nesse sentido (mas que é muito maior), uma coisa que em tempos observámos, se tornarmos a vê-la, traz-nos, juntamente com o olhar que nela poisámos, todas as imagens que então o enchiam. É que as coisas - um livro como outro qualquer sob a sua capa vermelha -, logo que vistas por nós, tornam-se em nós algo de imaterial, da mesma natureza de todas as nossas preocupações ou das nossas sensações desse tempo, e misturam-se indissoluvelmente com elas. 

Marcel Proust, Em Busca do Tempo Perdido, volume 2

08 dezembro, 2014

Antoni Tàpies, Recordando a Lorca

Com a tua letra

Porque eu amo-te, quer dizer, estou atento
às coisas regulares e irregulares do mundo.
Ou também: eu envio o amor
sob a forma de muitos olhos e ouvidos
a explorar, a conhecer o mundo.
Porque eu amo-te, isto é, eu dou cabo
da escuridão do mundo.
Porque tudo se escreve com a tua letra.



Fernando Assis Pacheco, A Musa Irregular

07 dezembro, 2014

Tejal Shah

Tejal Shah, Encounter(s) Live performance, Turbine Hall, Tate Modern, 2006 

06 dezembro, 2014

Apesar das visitas
Breves do pavor
A beleza é tudo
O que permanece


Matilde Campilho, Jóquei

05 dezembro, 2014

Emmet Gowin, Edith and Moth Fly, 2002