10 novembro, 2013

"Alone and in a Circunstance", manuscrito de Emily Dickinson, Amherst Manuscript

"To be forgot by thee", manuscrito de Emily Dikinson, Amherst Manuscript

"The Things that never can come back, are several", manuscrito de Emily Dickinson, Amherst Manuscript

"The way Hope builds his House", manuscrito de Emily Dickinson , Amherst Manuscripts

Emily Dickinson com 17 anos

09 novembro, 2013

João Abel Manta, "Um Problema Difícil", 1975

08 novembro, 2013

Garment Workers'Strike, Chicago,1915

07 novembro, 2013

Woman in a rowing boat, c.1890

06 novembro, 2013

Man Ray, 1928

05 novembro, 2013

Charles e Ray Eames ,"Ringling Bros. and Barnum & Bailey Circus", c.1941-1960

04 novembro, 2013

Charles e Ray Eames

03 novembro, 2013

"-Alguém se magoou?
-Não, valha-nos ao menos isso, - disse Mrs. Beaver - tirando duas criadas que perderam a cabeça e saltaram pelo meio da clarabóia para o pátio. Não corriam nenhum perigo. O fogo nunca chegou aos quartos, devo dizer."


Primeiras linhas de 
"Um Punhado de Pó"
Evelyn Waugh
trad. Daniel Jonas
Cotovia, 2008

02 novembro, 2013

"Do alto das furnas via-se o burgo dormindo; uma névoa de Primavera, fria, engelhava as casas e o arvoredo. Era dia Santo, com feira no Salgueiral. Tinha de se partir cedo, dando tempo à mula para arrastar a velhice e vencer os solavancos do caminho, a subida da serra escalvada, onde a urze e os corvos vigiavam a solidão."


Primeiras linhas de 
"A Casa da Malta"
Fernando Namora
Bertrand, 1978

01 novembro, 2013

"A infância não explica a vida; e a vida não explica a obra. Mas uma e outra se condicionam e esclarecem. Quando em torno de uma obra, a vida não cessa de fazer um tumulto que lhe serve de obstáculo ou de publicidade, quando a própria obra se refere à infância assim como ao mistério a que tudo se reduz, é bem legítimo debruçarmo-nos sobre o que foi seu húmus e constitui sua lenda.
A obra de Orson Welles permanece marcada pela impureza da vida, não conseguiu desligar-se dessa vida que se apresenta como uma infância prolongada, geralmente admirável, e por vezes monstruosa."


Primeiras linhas de
Orson Welles
Maurice Bessy
Editorial Presença, 1965

31 outubro, 2013

"Há dias em que os deuses falam ao meu coração imundo. Eu não sei se Deus existe. Jamais me foi dado contemplar a sombra da sua face. As suas mãos não descem à noite sobre as minhas pálpebras, trazendo apaziguamento às insónias que me devoram. Pela manhã ninguém me diz: Levanta-te e Caminha."


Primeiras linhas de
Sapos Vivos e Outros Monstros
Maria Regina Louro
Relógio D'Água, 1984

30 outubro, 2013

"Na cozinha, ele serviu-se de uma bebida e olhou para a mobília de quarto de cama que estava no pátio da frente.
O colchão estava a descoberto e os lençóis às riscas estavam em cima da cómoda, ao lado de dois travesseiros. Fora isso as coisas estavam na mesma como quando estavam no quarto de cama: mesinha-de-cabeceira e candeeiro de leitura, do lado dele da cama, mesinha-de-cabeceira e candeeiro de leitura, do lado dela.
O lado dele; o lado dela.
Ele ficou a pensar nisso, enquanto bebia o uísque."


Primeiras linhas de
"De Que Falamos Quando Falamos de Amor"
Raymond Carver
trad. Carlos Santos
Teorema, 1987

29 outubro, 2013

"O coronel destapou a caixa do café e verificou que não havia mais que uma colherinha. Tirou a panela do fogão, despejou metade da água no chão de terra, e com uma faca raspou o interior da caixa para dentro da panela até se soltarem as últimas raspas de pó de café misturadas com ferrugem da lata.
Ao esperar que fervesse a infusão, sentado junto ao fogareiro de barro numa atitude de confiada e inocente expectativa, o coronel teve a sensação de que lhe nasciam fungos e lírios venenosos nas tripas. Era Outubro.


Primeiras linhas de 
"Ninguém Escreve Ao Coronel"
Gabriel Garcia Márquez
Biblioteca Visão, 2000

28 outubro, 2013

"Não é preciso ser muito sagaz para saber que uma raposa é mais esperta do que uma minhoca, mas é necessário ser mais do que sagaz para saber o que isso significa, se é que isso significa alguma coisa. Atribuímos inteligência a homens, animais, computadores, e ultimamente, começámos a falar de edifícios inteligentes, de automóveis inteligentes e até de esquentadores ou cafeteiras inteligentes. Por este andar a inteligência vai estar tão disseminada à nossa volta, integrada com tanta eficácia nos objectos de uso corrente, que nos permitirá o supremo prazer de voltarmos a ser estúpidos e de gostarmos de o ser."


Primeiras linhas de
"Teoria da Inteligência Criadora"
José Antonio Marina
trad. Fernando Moutinho
Caminho, 1995

27 outubro, 2013

"Deitado de bruços, sobre a caruma do pinhal, ele ouvia o vento soprar entre a ramaria das árvores. A encosta da montanha, no ponto em que repousava, tinha pouco declive, mas mais abaixo tornava-se íngreme e ele via a curva negra da estrada alcatroada que seguia o desfiladeiro."


Primeiras linhas de 
"Por Quem Os Sinos Dobram"
Ernest Hemingway
trad. Monteiro Lobato
Livros do Brasil, s/d

26 outubro, 2013

"Um sábio disse uma vez que, para além de perder a mãe, não há nada mais saudável para uma criança do que perder o pai. Embora, com toda a franqueza, eu jamais pudesse subscrever semelhante afirmação, seria a última pessoa a rejeitá-la liminarmente. Naquilo que me diz respeito, se enunciasse uma doutrina do género, então não denotaria qualquer vestígio de amargura em relação ao mundo, ou melhor dito, não traria comigo a mágoa que implica o mero som destas palavras."


Primeiras linhas de
"Os Peixes Também Sabem Cantar"
Halldór Laxness
trad. Mário Cruz e João Cruz
Cavalo de Ferro, 2010