01 fevereiro, 2014

Que chova jasmim
sobre todos que se conheceram
e não sabiam que estavam apaixonados.


Ronny Someck (Bagdad,1951-)
Nippur, Iraque, 2600 a.C.























Figura feita de gypsum, com  máscara de ouro
Nippur, Iraque, 2700 a.C.





31 janeiro, 2014

cristina tavares, 2005

29 janeiro, 2014

cristina tavares, 2005

26 janeiro, 2014

cristina tavares, 2005

25 janeiro, 2014

poesia visual

cristina tavares, 2005


cristina tavares, 2005


cristina tavares, 2005


cristina tavares, 2005

CRÍPTICA

Para quem não sabe ler
Toda a escrita é críptica

O alfabeto cirílico é críptico para mim

Os ideogramas chineses ou japoneses
São igualmente crípticos (para mim)

Para os economistas
A poesia é críptica

Para os imbecis
A inteligência é críptica

Para os cegos de nascença
A cor é críptica

Para todos os homens
A sua vida é críptica

Para os vivos
A morte é críptica

Para os mortos
O que será a morte?


E.M. de Melo e Castro, "No Limite das Coisas"
cristina tavares, 2005




cristina tavares, 2005

Alberto e E.M. -poesia visual

Alberto Pimenta, Black&White,1977 
obrigada por toda a poesia visual 
do site

















Eu insisto na palavra “poema”, justamente porque todo este processo, para mim, é um complexo processo de poiésis, no sentido grego mais rigoroso, isto é, o de fazer aquilo que ainda não foi feito.”

E.M.de Melo e Castro, O caminho do leve.  Catálogo Museu de Arte Contemporânea, 2006. 


E.M. de Melo e Castro



Apolinnaire - poesia visual



























reconheça
 essa adorável pessoa é você

sem o grande chapéu de palha

olho
nariz
boca

aqui o oval do seu rosto

seu     lindo  pescoço

                                    um pouco
                                    mais abaixo
                                    é seu coração
                                                que bate

aqui enfim
a imperfeita imagem
de seu busto adorado
visto como
se através de uma nuvem

Caligrama de Guillaume Apollinaire, (trad. de Álvaro Faleiros, 2008)




24 janeiro, 2014

Retrato Proletário
  
Uma jovem alta sem chapéu
de avental

Parada na rua com o cabelo
puxado para trás

Um pé com a peúga tocando
a calçada

O sapato na mão. Examinando-o
atentamente

Retira a palmilha
à procura do prego

Que a magoava tanto


William Carlos Williams, "Antologia Breve"

23 janeiro, 2014

Every bird that sings, and every bud that blooms, does but remind me more of that garden unseen, awaiting the hand that tills it.


Emily Dickinson, numa carta para Susan Gilbert, 1852

19 janeiro, 2014

CT, 2014, narcisos (da série desenhos de maio)

18 janeiro, 2014

Na arte só uma coisa importa: aquilo que não se pode explicar.

Georges Braque

Robert Doisneau, "Georges Braque a Varengeville",1953

Georges e René, outra vez

Em 1949, Georges Braque realizou 4 gravuras para ilustrar a criação radiofónica "Le Soleil des Eaux" de René Char.




Georges e René

Em 1963, Georges Braque criou 27 litografias  para ilustrar o poema Lettera  Amorosa,  o seu poema preferido de René Char.










Georges e Saint-John

Saint-John Perse compôs um poema, "L'Ordre des Oiseaux" em honra de Georges Braque. Nele fala dos pássaros, numerosos na obra de Braque. A propósito, o pintor  realizou 12 gravuras.








Georges e Guillaume

Georges Braque criou18 gravuras para acompanhar o poema "Si Je Mourais Là-bas", de Guillaume Apollinaire.O livro de artista saiu em 1962, nas Éditions Brodier, por altura dos 80 anos de Braque.



Georges Braque,"Les Poissons Noirs", 1942

Georges Braque, Dois Salmonetes, 1941