17 abril, 2015

Aaron Siskind, #25, 1957

16 abril, 2015

Anton Stankowsky, 1927

15 abril, 2015

Pierre Soulages

Pierre Soulages, 1968




















Pierre Soulages no seu atelier, 1968










14 abril, 2015

Helena Almeida

Helena Almeida, s/título, 2010

13 abril, 2015

Alvar Aalto

Alvar Aalto, Vase, 1937

11 abril, 2015

Edward Hopper, Early Sunday Morning, 1930

Olhar o Céu de Verão
É Poesia, que ela nunca se deita num livro –
Os Poemas Verdadeiros voam –


Emily Dickinson , trad.  Cristina Tavares, 2015    (obrigada G.)


To see the Summer Sky / Is Poetry, though never in a Book it lie – / True Poems flee –

10 abril, 2015

A Dor – tem uma Lacuna –      
Não consegue recordar
Quando começou – ou se houve
Uma altura em que não existiu –

Não tem Futuro – senão ela mesma
O seu Infinito contém
O seu Passado – iluminado para detectar
Novos Períodos – de Dor.


Emily Dickinson , trad.  Cristina Tavares, 2015

Pain – has an Element of Blank – / It cannot recollect / When it begun – or if it there were / A time when was not – //It has no Future – but itself – / Its Infinite contain / Its Past – enlightened to perceive / New Periods – of Pain.     

09 abril, 2015

Uma palavra morre
Quando é dita,
Dizem alguns.

Eu digo que só
Começa a viver
Nesse dia.


Emily Dickinson , trad.  Cristina Tavares, 2015

A word is dead / When it is said, / Some say. // I say it just / Begins to live / That day.

08 abril, 2015

Dürer

Albrecht Dürer, Study of a Lily, 1526

07 abril, 2015

“Natureza” é o que vemos –
A Colina – a Tarde –
Esquilo – Eclipse – a Abelha –
Não – Natureza é Céu –
Natureza é o que ouvimos –
O Rouxinol – o Mar –
Trovão – o Grilo –
Não – Natureza é Harmonia –
Natureza é o que conhecemos –
Falta-nos contudo arte para dizer –
Tão impotente a Nossa Sabedoria é
Para a sua Simplicidade.


Emily Dickinson , trad. © Cristina Tavares, 2015

“Nature” is what we see – // The Hill – the Afternoon – // Squirrel – Eclipse – the Bumble bee – //  Nay – Nature is Heaven – // Nature is what we hear – // The Bobolink – the Sea – //Thunder – the Cricket –// Nay – Nature is Harmony – // Nature is what we know – // Yet have no art to say – // So impotent Our Wisdom is // To her Simplicity.

06 abril, 2015

Opinião é uma coisa esvoaçante,
Mas a Verdade, dura mais que o Sol –
Se não as pudermos ter às duas –
Possuamos a mais antiga –

Emily Dickinson , trad. © Cristina Tavares, 2015


Opinion is a flitting thing, / But Truth, outlasts the Sun - /  If then we cannot own them both - / Possess the oldest one –
Duane Michaels, Fireflies in My Hands, 1973

05 abril, 2015

Emily Dickinson

(...)
Mas o Trabalho pode ser um eléctrico Descanso
Para aqueles que fazem Magia -

Emily Dickinson trad. © Cristina Tavares, 2015


But Work might be electric Rest  // To those that Magic make – 


A Eternidade – é composta de Agoras –
Não são tempos diferentes –
Excepto para a Eternidade –
E Latitude de Casa –

A partir daqui – experiente Aqui –
Remove as Datas – para Essas –
Deixa os Meses  dissolverem-se em mais Meses –
E Anos –desvanecerem-se em Anos –

Sem Argumentos  – ou Pausas –
Ou Dias Comemorativos –
Não seriam diferentes os Nossos Anos
Da Vida Eterna –


Emily Dickinsontrad. © Cristina Tavares, 2015



Forever - it composed of Nows - / 'Tis not a different time - / Except for Infiniteness - / And Latitude of Home - / From this - experienced Here - / Remove the Dates - to These - / Let Months dissolve in further Months - / And Years - exhale in Years -/ Without Debate - or Pause - / Or Celebrated Days - / No different Our Years would be / From Anno Dominies -
Uma coisa de ti cobiço –
O poder de esquecer –
O patético da Avareza
Financia as suas Impurezas –

Uma coisa de ti levo emprestado
E prometo devolver –
Os Despojos e a Dor
De ter conhecido a tua Doçura –


Emily Dickinson , trad. © Cristina Tavares, 2015


One thing of thee I covet - / The power to forget - / The pathos of the Avarice / Defrays 
the Dross of it - // One thing of thee I borrow / And promise to return - / The Booty and 
the Sorrow /Thy Sweetness to have known -

04 abril, 2015

Para fazer um prado é necessário um trevo e uma abelha,
Um trevo, e uma abelha,
E devaneio.
O devaneio só também serve,
Se as abelhas forem poucas.


Emily Dickinson, trad. © Cristina Tavares, 2015

To make a prairie it takes a clover and one bee, / One clover, and a bee, / And revery. / The revery alone will do, / If bees are few.

03 abril, 2015

Para preencher uma Falha
Insere a Coisa que a causou –
Bloqueia-a
Com Outra Coisa – e abrirá ainda mais  
Não podes soldar um Abismo
Com Ar.


Emily Dickinsontrad. © Cristina Tavares, 2015

To fill a Gap / Insert the Thing that caused it - / Block it up / With Other - and 'twill yawn the more - / You cannot solder an Abyss / With Air.
Não podes suspender um Incêndio -
Uma coisa que arda
Pode ir, por si, sem um Sopro
Pela noite mais lenta –

Não podes cingir uma Inundação
E pô-la numa Gaveta –
Porque os Ventos encontrá-la-iam –
E di-lo-iam ao teu Chão de Cedro -


Emily Dickinsontrad. © Cristina Tavares, 2015

You cannot put a Fire out - /A Thing that can ignite / Can go, itself, without a Fan - / Upon the slowest night - / You cannot fold a Flood - / And put it in a Drawer - / Because the Winds would find it out - /And tell your Cedar Floor -
O meu olhar está mais cheio que a minha jarra 
A Sua Carga – é de Orvalho –
E no entanto –  meu Coração – o meu olhar pesa mais –
Índia Oriental – para ti!


Emily Dickinsontrad. © Cristina Tavares, 2015

My eye is fuller than my vase - / Her Cargo - is of Dew - / And still - my Heart - my eye outweighs - / East India - for you!