Tina Modotti, Worker's Hands, México, 1927 |
25 abril, 2015
24 abril, 2015
William Faulkner
-Falou de liberdade económica. Um
escritor precisa dela?
-Não. Um escritor não precisa de
liberdade económica. Precisa apenas de um lápis e de algum papel. Nunca tive
conhecimento de nada de bom na escrita que tivesse resultado da aceitação de um
presente ou de dinheiro. Um bom escritor nunca se candidata a uma fundação.
Está demasiado ocupado a escrever qualquer coisa. Se ele não for um escritor de
primeira engana-se a si próprio dizendo que não tem tempo ou que lhe faltam
as condições económicas necessárias. A boa arte pode surgir vinda de
ladrões, de contrabandistas ou de moços de estrebaria. As pessoas, de facto,
têm medo de descobrir até que ponto aguentam a adversidade e a pobreza. Têm
medo de descobrir até que ponto resistem. Nada pode destruir um bom escritor. A
única coisa que pode afectar um bom escritor é a morte.
William Faulkner, Entrevistas da Paris
Review (Tinta da china, 2009)
23 abril, 2015
22 abril, 2015
Mary e K.k.DePaul
21 abril, 2015
Mary e K.k.DePaul
Listen—are you
breathing just a little, and calling it a life?
Mary Oliver, West Wind: Poems and Prose Poems
20 abril, 2015
19 abril, 2015
A Luz basta-se a si própria –
Se outros a
querem ver
Podem recolhê-la nos vidros da Janela
Em certas Horas
do Dia –
Mas não como
Recompensa –
Ela possui um tão
grande Fulgor
Para o Esquilo
nos Himalaias
Precisamente –
Como para Mim –
Emily Dickinson , trad. Cristina Tavares, 2015
Light is
sufficient to itself - / If others want to see / It can be had on Window panes / Some Hours of the Day - // But no t for
Compensation - / It holds as large a Glow / To Squirrel in the Himmaleh / Precisely - as to Me –
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18 abril, 2015
17 abril, 2015
16 abril, 2015
15 abril, 2015
14 abril, 2015
13 abril, 2015
11 abril, 2015
Olhar o Céu de Verão
É Poesia, que ela nunca se deita num livro –
Os Poemas Verdadeiros voam –
Emily Dickinson , trad. Cristina Tavares, 2015 (obrigada G.)
To see the Summer Sky / Is Poetry, though never in a Book
it lie – / True Poems flee –
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10 abril, 2015
A Dor – tem uma Lacuna –
Não consegue recordar
Quando começou – ou se houve
Uma altura em que não existiu –
Não tem Futuro – senão ela mesma
O seu Infinito contém
O seu Passado – iluminado para detectar
Novos
Períodos – de Dor.
Emily Dickinson , trad. Cristina Tavares, 2015
Pain
– has an Element of Blank – / It
cannot recollect / When
it begun – or if it there were / A
time when was not – //It
has no Future – but itself – / Its
Infinite contain / Its
Past – enlightened to perceive / New Periods – of Pain.
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09 abril, 2015
Uma
palavra morre
Quando
é dita,
Dizem
alguns.
Eu
digo que só
Começa
a viver
Nesse
dia.
Emily Dickinson , trad. Cristina Tavares, 2015
A word is dead / When it is said, / Some say. // I say it just / Begins to live / That day.
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08 abril, 2015
07 abril, 2015
“Natureza” é o que
vemos –
A Colina – a Tarde –
Esquilo – Eclipse – a
Abelha –
Não – Natureza é Céu –
Natureza é o que
ouvimos –
O Rouxinol – o Mar –
Trovão – o Grilo –
Não – Natureza é Harmonia –
Natureza é o que
conhecemos –
Falta-nos contudo arte
para dizer –
Tão impotente a Nossa Sabedoria
é
Para a sua Simplicidade.
Emily Dickinson , trad. © Cristina Tavares, 2015
“Nature” is what we see – // The Hill – the Afternoon – // Squirrel – Eclipse – the Bumble bee – // Nay – Nature is Heaven – // Nature is what we hear – // The Bobolink – the Sea – //Thunder – the Cricket –// Nay
– Nature is Harmony – // Nature is what we know – // Yet
have no art to say – // So impotent Our Wisdom is // To
her Simplicity.
06 abril, 2015
Opinião é
uma coisa esvoaçante,
Mas a
Verdade, dura mais que o Sol –
Se não as
pudermos ter às duas –
Possuamos a mais antiga –
Emily Dickinson , trad. © Cristina Tavares, 2015
Opinion is a flitting thing, / But Truth, outlasts the Sun - / If then we cannot own them both - / Possess the oldest one –
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