14 setembro, 2015

John Stezaker

John Stezaker, Mask XIII, 2006

13 setembro, 2015

Setembro lembra-se de Agosto

Frederico Mira George, Setembro lembra-se de Agosto, 2015

Michaël e Frederico, verde e preto

Michaël Borremans, The Hornet, 2008
Michaël Borremans, The Angel (detalhe), 2013

















































Não é possível tê-la avistado.  Os múltiplos transeuntes
que cruzavam a tarde abaixo das arcadas, envidavam
a tintura d'esta idade e a geografia do calendário: humanais
acatando a benção de ser desconhecido à minha passagem.
¡E entre eles, lá estava! Pétrea no vestido púrpura
raso aos pés;  o cabelo nocente; a sombrinha
negra com castão de prata. Os olhos de vidro verde.

Frederico Mira George, O Veneno Solitário


12 setembro, 2015

Luís Marrafa - Elogio da dança

As pessoas estão perdidas neste espaço que é o mundo que habitamos, mas não estão conformadas, procuram um caminho no caos. E por vezes há uma luz, um oráculo, que habita, de pé, o palco. ‘Home’, o último trabalho do coreógrafo e bailarino Luís Marrafa, podia ser uma metáfora da ideia de existência e cidadania com que nos confrontamos nos dias de hoje e trabalha sobre este conceito de relação, com os corpos dos outros, com os corpos dos espaços, com a bagagem de memórias e sensações que levamos às costas como casa. Nascido na Alemanha e regressado a Évora em criança, Marrafa vive hoje em Bruxelas, onde dirige a sua própria companhia da dança, após ter passado por Londres. Depois de ‘Home’, apresentado em Junho na Culturgest, Lisboa, Marrafa regressa à capital portuguesa em Setembro para apresentar uma criação anterior, ‘Abstand’, no Centro Cultural de Belém. ‘Abstand’, distância, fala de novo sobrre linguagem e proxémica, sobre comunicação na não-comunicação.

IF YOU WALK THE GALAXY, Cláudia Marques Ramos

IF YOU WALK THE GALAXIES | LUÍS MARRAFA



dança em estado puro

11 setembro, 2015

Red Hand, Green Hand

Michaël Borremans,Red Hand, Green Hand, 2010

Michaël Borremans

 Michaël Borremans, The Angel, 2013


Michaël Borremans, The Devil's Dress, 2011

08 setembro, 2015

Les mots

Les mots qui vont surgir savent de nous des choses que nous ignorons d’eux.

René Char, Chants de la Balandrane


Hazel Larsen Archer, Merce Cunningham,1948

07 setembro, 2015

Odilon Redon

Odilon Redon, Pêssego, 1901

06 setembro, 2015

Vi como um danado

Se, depois de eu morrer, quiserem escrever a minha biografia,
Não há nada mais simples.
Tem só duas datas—a da minha nascença e a da minha morte.
Entre uma e outra coisa todos os dias são meus.
Sou fácil de definir.
Vi como um danado.
Amei as coisas sem sentimentalidade nenhuma.
Nunca tive um desejo que não pudesse realizar, porque nunca ceguei.
Mesmo ouvir nunca foi para mim senão um acompanhamento de ver.
Compreendi que as coisas são reais e todas diferentes umas das outras;
Compreendi isto com os olhos, nunca com o pensamento.
Compreender isto com o pensamento seria achá-las todas iguais.
Um dia deu-me o sono como a qualquer criança.
Fechei os olhos e dormi.
Além disso, fui o único poeta da Natureza.


Alberto Caeiro, Poemas Inconjuntos


Henri Matisse, The Parakeet and the Mermaid, 1952

05 setembro, 2015

Entretanto celebremos a irrealidade

Entretanto celebremos a irrealidade e o milagre: o homem demonstra a sua existência entrando e saindo das portas obscuras.

Pablo Neruda, Nasci para Nascer, (trad. Eduardo Saló e Mário Dionísio)


Hans Namuth, Jackson Pollock at work in his studio, 1950

04 setembro, 2015

Girl Reading

Lucian Freud, Girl Reading (detalhe), 1952

Girl in bed

Lucian Freud, Girl in Bed (detalhe), 1952

Lucian e Caroline (the girl)

Lady Caroline Blackwood e Lucian Freud, 1949

03 setembro, 2015

Nuno de Campos, Lap, 1999



Nuno de Campos, Lap, 1999


02 setembro, 2015

Pablo e Yayou

Por ti, afligem-me os pesados perfumes do Estio: por ti torno a vislumbrar os sinais que precipitam os desejos, as estrelas em fuga. Os objectos que caem.

Pablo Neruda, Nasci Para Nascer


Yayou Kusama aos 10 anos, 1939

01 setembro, 2015

Florence Henri

Florence Henri, Autoportrait au miroir, 1930

31 agosto, 2015

Paul Celan

Respira três vezes fundo,
resplandece três vezes fundo.

Paul Celan, Não Sabemos Mesmo o Que Importa, (trad.Gilda Lopes Encarnação)



CT, Praia das Maçãs, 2015