Ellsworth Kelly, Blue Disk, 1963 |
06 fevereiro, 2017
Marianne Moore (e E.K.)
Para Uma Ave de Presa
Convéns-me, pois nem sequer te tomo a sério,
e não ficas cega pela palha que rodopia
ao ser trazida de uma meda pelos ventos.
Sabes pensar e o que pensas dizes
com muito orgulho e fria firmeza
de Sansão, e ninguém ousa deter-te.
O orgulho assenta-te bem, tão empertigada, ave colossal.
Nenhuma capoeira te faz parecer absurda;
as tuas garras atrevidas são fortes, contra a derrota.
Poemas de Marianne Moore e Elisabeth Bishop (trad. Mª de Lourdes Guimarães)
Convéns-me, pois nem sequer te tomo a sério,
e não ficas cega pela palha que rodopia
ao ser trazida de uma meda pelos ventos.
Sabes pensar e o que pensas dizes
com muito orgulho e fria firmeza
de Sansão, e ninguém ousa deter-te.
O orgulho assenta-te bem, tão empertigada, ave colossal.
Nenhuma capoeira te faz parecer absurda;
as tuas garras atrevidas são fortes, contra a derrota.
Poemas de Marianne Moore e Elisabeth Bishop (trad. Mª de Lourdes Guimarães)
Ellsworth Kelly |
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05 fevereiro, 2017
um buraco na noite
subitamente invadido por um anjo
Alejandra Pizarnik
CT, Objectos do Céu Profundo, 2016 |
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03 fevereiro, 2017
02 fevereiro, 2017
Não habitamos a terra
ela habita-nos
Anise Kolz, Cantos de Recusa
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01 fevereiro, 2017
um anjo
Um anjo segue-me
como a minha sombra
Habituado à sua presença
esqueço-o
como ele me esquece.
Anise Kolz, Cantos de Recusa
Matisse
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30 janeiro, 2017
Cada átomo de silêncio é a oportunidade de um fruto maduro.
Paul Valéry
CT, Objectos do Céu Profundo, 2016 |
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28 janeiro, 2017
27 janeiro, 2017
25 janeiro, 2017
23 janeiro, 2017
21 janeiro, 2017
20 janeiro, 2017
A beleza é tão grande e nós somos
tão frágeis... Estou a falar do impossível e da vida
Daniel Faria, O Livro de Joaquim
CT, Objectos do Céu Profundo, 2016 |
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19 janeiro, 2017
a irrazoável esperança
Suponho que,
arbitrariamente contrariando o sentido real da história, eu de algum modo já me
prometia por escrito que o ócio, mais que o trabalho, me daria as grandes
recompensas gratuitas, as únicas a que aspirava. É possível também que já então
meu tema de vida fosse a irrazoável esperança, e que eu já tivesse iniciado a
minha grande obstinação: eu daria tudo o que era meu por nada, mas queria que
tudo me fosse dado por nada. Ao contrário do trabalhador da história, na
composição eu sacudia dos ombros todos os deveres e dela saía livre e pobre, e
com um tesouro na mão.
Clarisse Lispector, Contos
CT, Objectos do Céu Profundo, 2016 |
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18 janeiro, 2017
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