27 março, 2019
24 março, 2019
22 março, 2019
21 março, 2019
Rui Chafes
A verdadeira liberdade é justamente poder não ter, poder abdicar, renunciar, poder prescindir. Essa é que é a verdadeira liberdade, esse é que é o luxo.
Rui Chafes ( no documentário de João Trabulo, Durante o Fim, 2017)
Rui Chafes ( no documentário de João Trabulo, Durante o Fim, 2017)
20 março, 2019
19 março, 2019
18 março, 2019
Bridget Riley
17 março, 2019
16 março, 2019
15 março, 2019
Herberto e retratos do ar
O que rutila, o que arde destacadamente
na noite, é o actor, com
uma voz pura monotonamente batida
pela solidão universal.
Herberto Helder, Poemas Completos
na noite, é o actor, com
uma voz pura monotonamente batida
pela solidão universal.
Herberto Helder, Poemas Completos
Felicitas Vogler, Ben Nicholson trabalhando no seu estúdio, casa Alla Roca, 1965 |
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Herberto e Anna
Amo devagar os amigos que são tristes com cinco dedos de cada lado.
Os amigos que enlouquecem e estão sentados, fechando os olhos,
com os livros atrás a arder para toda a eternidade.
Não os chamo, e eles voltam-se profundamente
dentro do fogo.
-Temos um talento doloroso e obscuro.
Construímos um lugar de silêncio.
De paixão.
Herberto Helder, Poemas Completos
Os amigos que enlouquecem e estão sentados, fechando os olhos,
com os livros atrás a arder para toda a eternidade.
Não os chamo, e eles voltam-se profundamente
dentro do fogo.
-Temos um talento doloroso e obscuro.
Construímos um lugar de silêncio.
De paixão.
Herberto Helder, Poemas Completos
Kuzma Petrov- Vodkin, Anna Akmatova, 1922 |
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09 março, 2019
05 março, 2019
04 março, 2019
03 março, 2019
Ana Gonçalves
02 março, 2019
01 março, 2019
Francis Ponge
O homem não é senão um navio pesado, um pássaro pesado, sobre o abismo.
Sabemo-lo por experiência.
Sabemo-lo por experiência.
Cada “battibaleno” no-lo confirma. Batemos o olhar, como o pássaro a asa, para nos aguentarmos.
Ora no cimo da vaga, ora julgando afundar-nos.
Ora no cimo da vaga, ora julgando afundar-nos.
Eternos vagabundos, pelo menos enquanto em vida.
Mas o mundo está povoado de objectos. Nas suas margens, a sua multidão infinita, a sua colecção aparece-nos, é certo, sobretudo indistinta e fluida.
Contudo isso basta para nos tranquilizar. Porque, também por experiência o sabemos, cada um deles, à nossa vontade, um de cada vez, pode tornar-se o nosso ponto de ancoragem, o marco em que nos apoiarmos.
Basta que ele pese.
Mais do que para o nosso olhar, é então coisa para a nossa mão, - que ela saiba prosseguir a manobra.
Francis Ponge,Alguns Poemas, selecção, organização e tradução Manuel Gusmão, Cotovia
Cristina Tavares, Old Mimosa, fevereiro 2019 |
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28 fevereiro, 2019
25 fevereiro, 2019
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