30 setembro, 2015

Emily e Marcel

Truth is so rare, it is delightful to tell it.

Emily Dickinson




Marcel Broodthaers, Le Bleu et le Rouge, 1967

29 setembro, 2015

Emily e Lucian

To find that phosphorescence that light within, that’s the genius behind poetry.


Emily Dickinson

Lucian Freud,  Lady Caroline Blackwood' Iris


28 setembro, 2015

Albert e Tarr

Ir até ao fim, não é apenas resistir mas também não resistir. Tenho necessidade de sentir a minha própria pessoa, na medida em que ela é o sentimento daquilo que me ultrapassa. Por vezes preciso escrever coisas que em parte me escapam, mas que provam justamente o que em mim é mais forte do que eu.

Albert Camus, Primeiros Cadernos



Tarr Hajnalka
Tarr Hajnalka

27 setembro, 2015

Albert e Cy

As nuvens avolumam-se por cima do claustro e a noite pouco a pouco encobre as lajes onde está inscrita a moral com que se dota aqueles que morreram. Se eu escrevesse aqui um livro de moral, teria cem páginas e noventa e nove estariam em branco. Na última, escreveria: "Eu apenas conheço um único dever, que é o de amar." E quanto ao resto, digo não. Digo não com todas as minhas forças. As lajes dizem-me que é inútil e que a vida é como "col sol levante, col sol cadente". Mas não vejo o que a inutilidade retira à minha revolta e sinto muito bem o que a faz aumentar. 


Albert Camus, Primeiros Cadernos

Cy Twombly, Untitled New York, 1959
Cy Twombly, Untitled Rome, 1959

























Eu apenas conheço um único dever, que é o de amar.

Judit Nyiri


26 setembro, 2015

Tarr Hajnalka

Tarr Hajnalka, S/título, 2015

25 setembro, 2015

Mary Abbott

Mary Abbott, All Green, 1954
Mary Abbott, Bill's Painting, 1951

23 setembro, 2015

Robert e Harry

Make visible what, without you, might perhaps never have been seen.

Robert Bresson


Harry Callahan, Weeds Against the Sky, 1948

Harry Callahan, Grasses in Snow, Detroit, 1943
 

Harry Callahan, Study, 1948




Harry Callahan, Telephone Wire, 1945

22 setembro, 2015

Helen Frankenthaler

Helen Frankenthaler (e Alexander Liberman) no seu atelier,
Nova Iorque, 1967

21 setembro, 2015

running dog

Francis Bacon, Study for a Running Dog, 1954

20 setembro, 2015

Dora Maar

Dora Maar, Nush Eluard, 1932

19 setembro, 2015

Gérard Castello-Lopes

Gérard Castello-Lopes, Lisboa, 1956

17 setembro, 2015

bronze romano, fragmento de um braço, 100 dc




















Um poema ou uma árvore podem ainda sal­var o mundo.

Eugénio de Andrade

16 setembro, 2015

Creio nas aparições e no nevoeiro

Creio nas aparições e no nevoeiro,
nas estradas curvas junto dos outeiros.
Creio num mar ao longe que não se vê,
na encruzilhada em forma de escada.
Creio na serra, nos altos, até nas espadas.
Creio na eternidade ligeira de uma escarpa,
e nas árvores que nascem inclinadas.
Creio que tudo tem asas e que o sol não esconde nada.
Creio no regresso das montanhas
Ao precipício feliz do amor verdadeiro. 


Frederico Mira George, O Veneno Solitário
Galileo Chini, Il Tifone, 1911

15 setembro, 2015

Emily e Cy

Cy Twombly, Poems to the Sea, 1959

(...)
A Manhã - apenas a semente do Meio-Dia -


Emily Dickinson, Esta É A Minha Carta Ao Mundo e Outros Poemas 

14 setembro, 2015

John Stezaker

John Stezaker, Mask XIII, 2006

13 setembro, 2015

Setembro lembra-se de Agosto

Frederico Mira George, Setembro lembra-se de Agosto, 2015

Michaël e Frederico, verde e preto

Michaël Borremans, The Hornet, 2008
Michaël Borremans, The Angel (detalhe), 2013

















































Não é possível tê-la avistado.  Os múltiplos transeuntes
que cruzavam a tarde abaixo das arcadas, envidavam
a tintura d'esta idade e a geografia do calendário: humanais
acatando a benção de ser desconhecido à minha passagem.
¡E entre eles, lá estava! Pétrea no vestido púrpura
raso aos pés;  o cabelo nocente; a sombrinha
negra com castão de prata. Os olhos de vidro verde.

Frederico Mira George, O Veneno Solitário


12 setembro, 2015

Luís Marrafa - Elogio da dança

As pessoas estão perdidas neste espaço que é o mundo que habitamos, mas não estão conformadas, procuram um caminho no caos. E por vezes há uma luz, um oráculo, que habita, de pé, o palco. ‘Home’, o último trabalho do coreógrafo e bailarino Luís Marrafa, podia ser uma metáfora da ideia de existência e cidadania com que nos confrontamos nos dias de hoje e trabalha sobre este conceito de relação, com os corpos dos outros, com os corpos dos espaços, com a bagagem de memórias e sensações que levamos às costas como casa. Nascido na Alemanha e regressado a Évora em criança, Marrafa vive hoje em Bruxelas, onde dirige a sua própria companhia da dança, após ter passado por Londres. Depois de ‘Home’, apresentado em Junho na Culturgest, Lisboa, Marrafa regressa à capital portuguesa em Setembro para apresentar uma criação anterior, ‘Abstand’, no Centro Cultural de Belém. ‘Abstand’, distância, fala de novo sobrre linguagem e proxémica, sobre comunicação na não-comunicação.

IF YOU WALK THE GALAXY, Cláudia Marques Ramos