06 fevereiro, 2017

Marianne Moore (e E.K.)

Para Uma Ave de Presa


Convéns-me, pois nem sequer te tomo a sério,
e não ficas cega pela palha que rodopia
    ao ser trazida de uma meda pelos ventos.

Sabes pensar e o que pensas dizes
com muito orgulho e fria firmeza
    de Sansão, e ninguém ousa deter-te.

O orgulho assenta-te bem, tão empertigada, ave colossal.
Nenhuma capoeira te faz parecer absurda;
   as tuas garras atrevidas são fortes, contra a derrota.


Poemas de Marianne Moore e Elisabeth Bishop (trad. Mª de Lourdes Guimarães) 



Ellsworth Kelly


05 fevereiro, 2017


um buraco na noite
subitamente invadido por um anjo


Alejandra Pizarnik


CT, Objectos do Céu Profundo, 2016

03 fevereiro, 2017

02 fevereiro, 2017

Henri Matisse


Não habitamos a terra 
ela habita-nos

Anise Kolz, Cantos de Recusa





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01 fevereiro, 2017

um anjo


Um anjo segue-me
como a minha sombra

Habituado à sua presença
esqueço-o
como ele me esquece.

Anise Kolz, Cantos de Recusa


Matisse

30 janeiro, 2017




Cada átomo de silêncio é a oportunidade de um fruto maduro.

Paul Valéry


CT, Objectos do Céu Profundo, 2016















28 janeiro, 2017

A Woolf

George Charles Beresford, Virginia Woolf, 1902

27 janeiro, 2017

A outra Woolf

Vanessa Bell, Auto-retrato, c.1915

25 janeiro, 2017

Celia Paul

Lucian Freud, Girl in Striped Nightshirt, 1985

24 janeiro, 2017

Bella

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Lucian Freud, Bella, 1981

Bella

Lucian Freud, Bella (detalhe), 1981

23 janeiro, 2017

pombas, búzio

Henri Cartier-Bresson, Henri Matisse Studio, 1944

22 janeiro, 2017

 CT,  Cardo e cavalo-marinho à noite, sobre pintura, jan 2017


21 janeiro, 2017









































CT, Cardo à noite sobre pintura,  janeiro 2017

Pierre e Edouard

Pierre Bonnard e Edouard Vuillard numa viagem a Itália, 1899

20 janeiro, 2017


A beleza é tão grande e nós somos
tão frágeis... Estou a falar do impossível e da vida


Daniel Faria, O Livro de Joaquim



CT, Objectos do Céu Profundo, 2016

19 janeiro, 2017

a irrazoável esperança

Suponho que, arbitrariamente contrariando o sentido real da história, eu de algum modo já me prometia por escrito que o ócio, mais que o trabalho, me daria as grandes recompensas gratuitas, as únicas a que aspirava. É possível também que já então meu tema de vida fosse a irrazoável esperança, e que eu já tivesse iniciado a minha grande obstinação: eu daria tudo o que era meu por nada, mas queria que tudo me fosse dado por nada. Ao contrário do trabalhador da história, na composição eu sacudia dos ombros todos os deveres e dela saía livre e pobre, e com um tesouro na mão.


Clarisse Lispector, Contos

CT, Objectos do Céu Profundo, 2016

18 janeiro, 2017

Objectos do Céu Profundo 13
























CT, Objectos do Céu Profundo, 2016

Anise Kolz

Os meus poemas são-me estranhos
como pinturas rupestres

Ignoro a sua origem e idade
por vezes reconheço um  pormenor
um animal familiar


Anise Kolz, Cantos de Recusa