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19 janeiro, 2017

a irrazoável esperança

Suponho que, arbitrariamente contrariando o sentido real da história, eu de algum modo já me prometia por escrito que o ócio, mais que o trabalho, me daria as grandes recompensas gratuitas, as únicas a que aspirava. É possível também que já então meu tema de vida fosse a irrazoável esperança, e que eu já tivesse iniciado a minha grande obstinação: eu daria tudo o que era meu por nada, mas queria que tudo me fosse dado por nada. Ao contrário do trabalhador da história, na composição eu sacudia dos ombros todos os deveres e dela saía livre e pobre, e com um tesouro na mão.


Clarisse Lispector, Contos

CT, Objectos do Céu Profundo, 2016

28 fevereiro, 2014

“Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome.” 

Clarice Lispector




Clarice Lispector:
“Sou tão misteriosa que não me entendo.”


“Gosto do modo carinhoso do inacabado, do malfeito, daquilo que desajeitadamente tenta um pequeno vôo e cai sem graça no chão.”