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15 abril, 2019

Raul de Carvalho

Nada de inúteis palavras apenas proferidas pela língua.
O riso deve ter um alvo.
A lágrima deve ter um rio comum onde se deite e corra.
A raiva deve adormecer satisfeita.
A crítica deve atingir os seus fins.
O sono deve acordar a tempo.
O sonho deve saber onde está e o que quer.
E dividir com alguém o sacrifício, a espera,
a desilusão, a esperança, o receio
da morte e o caminho da vida.
As palavras devem permanecer juntas e unidas
no coração dos homens:
Aqueles que estão prontos
A, não acreditando nelas,
Serem capazes de morrer por elas.
E pelos outros.

Raul de Carvalho, Um E O Mesmo Livro

02 janeiro, 2016

Raul e William

Talvez eu consiga
mediante empregos
de secreta origem
Chegar à absoluta
fase da absoluta vertigem.


Raul de Carvalho, Tampo Vazio



William Turner, Burning Ship, 1830