06 outubro, 2008
30 julho, 2008
18 maio, 2008
procurei que as coisas acontecessem
procurei no céu olhares misteriosos
e na terra o sabor sereno dos diospiros
plantei algumas árvores
e desenhei e escrevi e pintei
terá sido em vão porque não se procura
nada nos céus nem na terra
porque de nada vale o sabor de um fruto
ou um desenho um vocábulo uma cor
ainda assim
quando não esperava
encontrei uma pequena esfera no chão
desconheço o seu uso mas trago-a na mão
Frederico Mira George, "poemas dispersos", 2008
procurei no céu olhares misteriosos
e na terra o sabor sereno dos diospiros
plantei algumas árvores
e desenhei e escrevi e pintei
terá sido em vão porque não se procura
nada nos céus nem na terra
porque de nada vale o sabor de um fruto
ou um desenho um vocábulo uma cor
ainda assim
quando não esperava
encontrei uma pequena esfera no chão
desconheço o seu uso mas trago-a na mão
Frederico Mira George, "poemas dispersos", 2008
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poesia,
poesia portuguesa
15 maio, 2008
Thoreau
05 maio, 2008
04 maio, 2008
03 maio, 2008
02 maio, 2008
01 maio, 2008
28 abril, 2008
22 abril, 2008
20 abril, 2008
16 abril, 2008
15 abril, 2008
14 abril, 2008
13 abril, 2008
robert e frederico
Rober Mapplethorpe, "Leaf", 1989
w:
é uma flor.voa como uma flor. morre.como o coração
Frederico Mira George, "Silenciário", 2008
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oxigénio,
poesia,
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R
09 abril, 2008
Fust Milán
Os anjos são escuros. Não vês a espada nas suas mãos?
Quando lampejam na luz, cruzam, então, o Sol e seus negros círculos luminosos,
e o Sol abre-se para eles. Porque eles voam com espadas nas mãos
e cobrem seus pobres olhos - santo, santo, santo, gritam -, lá em cima, aos raios,
e os raios empinam-se diante deles, sim.
E como cãezinhos, assim se baixam Lua e Sol diante deles,
e, como os patos, também as estrelas voam, grasnando, diante deles,
e a sua terrível humildade fá-las explodir imediatamente.
Fust Milán (1888-1967)
Quando lampejam na luz, cruzam, então, o Sol e seus negros círculos luminosos,
e o Sol abre-se para eles. Porque eles voam com espadas nas mãos
e cobrem seus pobres olhos - santo, santo, santo, gritam -, lá em cima, aos raios,
e os raios empinam-se diante deles, sim.
E como cãezinhos, assim se baixam Lua e Sol diante deles,
e, como os patos, também as estrelas voam, grasnando, diante deles,
e a sua terrível humildade fá-las explodir imediatamente.
Fust Milán (1888-1967)
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