Caderno de endereços de Hannah Hoch |
24 junho, 2014
I
Estamos mesmo no princípio, percebes? Como que antes de tudo.
Com mil e um sonhos para trás de nós e parados.
II
Não consigo imaginar um saber mais sagrado do que este:
O homem deve tornar-se um principiante.
O que escreve a primeira palavra de uma tirada secular.
Rainer Maria Rilke, Notas Sobre A Melodia das Coisas
Estamos mesmo no princípio, percebes? Como que antes de tudo.
Com mil e um sonhos para trás de nós e parados.
II
Não consigo imaginar um saber mais sagrado do que este:
O homem deve tornar-se um principiante.
O que escreve a primeira palavra de uma tirada secular.
Rainer Maria Rilke, Notas Sobre A Melodia das Coisas
23 junho, 2014
22 junho, 2014
21 junho, 2014
20 junho, 2014
15 junho, 2014
Agnes Martin |
If you live by perception, as
all artists must, then you sometimes have to wait a long time for your mind to
tell you the next step to take. … When you’re with other people, your mind
isn’t your own.
First, I have the experience
of happiness and innocence. Then, if I can keep from being distracted, I will
have an image to paint.
The artist lives by
perception. So that what we make is what we feel. The making of something is
not just construction. It’s all about feeling… everything, everything is about
feeling…. feeling and recognition!
Agnes Martin
The Artists Observed: 28
Interviews with Contemporany Artists, John Gruen
13 junho, 2014
(hoje é para ti, Angela.)
Sabe, se quer que lhe diga, do que eu
me lembro bem, e para mim o que é importante, são os sítios onde escrevi, as
situações em que escrevi. Há um poema que diz: «Quando à noite desfolho e
trinco as rosas». Isto é absolutamente verdade: eu ia para o jardim da minha
avó colher rosas, a minha avó já tinha morrido e era um jardim semi-abandonado,
colhia camélias no Inverno e rosas na Primavera. Trazia imensas rosas para
casa, havia sempre uma grande jarra cheia delas em frente da janela, no meu
quarto. E depois eu desfolhava e comia as rosas, mastigava-as... No fundo era a
tentativa de captar qualquer coisa a que só posso chamar a alegria do universo,
qualquer coisa que floresce.
Entrevista de Sophia de Mello Breyner Andresen a José Carlos de
Vasconcelos
12 junho, 2014
NO POEMA
Transferir o quadro o muro a
brisa
A flor o copo o brilho da
madeira
E a fria e virgem limpidez da
água
Para o mundo do poema limpo e
rigoroso;
Preservar de decadência morte
e ruína
O instante real de aparição e
da surpresa
Guardar num mundo claro
O gesto claro da mão tocando
a mesa.
Sophia de Mello Breyner Andresen, Livro Sexto
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