Grete Stern, Autoretrato, Buenos Aires, 1970 |
10 janeiro, 2015
09 janeiro, 2015
08 janeiro, 2015
06 janeiro, 2015
John Baldessari
05 janeiro, 2015
T.S.Eliot
Haverá por certo um tempo
Para o fumo amarelo que desliza pela rua
E esfrega as costas na vidraça;
Haverá um tempo, tempo
De compor um rosto para olhares os rostos que te olharem;
Tempo de matar, tempo de criar,
E tempo para todos os trabalhos e os dias, de mãos
Que se erguem e te deixam cair no prato uma pergunta;
Tempo para ti e tempo para mim,
E tempo ainda para cem indecisões
E outras tantas visões e revisões
Antes de tomar o chá e a torrada.
T.S.Eliot; A Canção de Amor de J. Alfred Prufrock
Para o fumo amarelo que desliza pela rua
E esfrega as costas na vidraça;
Haverá um tempo, tempo
De compor um rosto para olhares os rostos que te olharem;
Tempo de matar, tempo de criar,
E tempo para todos os trabalhos e os dias, de mãos
Que se erguem e te deixam cair no prato uma pergunta;
Tempo para ti e tempo para mim,
E tempo ainda para cem indecisões
E outras tantas visões e revisões
Antes de tomar o chá e a torrada.
T.S.Eliot; A Canção de Amor de J. Alfred Prufrock
04 janeiro, 2015
03 janeiro, 2015
02 janeiro, 2015
01 janeiro, 2015
31 dezembro, 2014
30 dezembro, 2014
Paul Celan
(...)
di-lo, como se eu fosse este
teu branco,
como se tu fosses
o meu,
(...)
Paul Celan, Sete Rosas Mais Tarde
di-lo, como se eu fosse este
teu branco,
como se tu fosses
o meu,
(...)
Paul Celan, Sete Rosas Mais Tarde
28 dezembro, 2014
Ingeborg Bachmann e Paul Celan, 1952 |
Uma Espécie de Perda
Usámos a dois: estações do ano, livros e uma música.
As chaves, as taças de chá, o cesto do pão, lençóis de linho e uma cama.
Um enxoval de palavras, de gestos, trazidos, utilizados, gastos.
Cumprimos o regulamento de um prédio.Dissemos.Fizemos.E estendemos sempre a mão.
Apaixonei-me por Invernos, por um septeto vienense e por Verões.
Por mapas, por um ninho de montanha, uma praia e uma cama.
Ritualizei datas, declarei promessas irrevogáveis,
idolatrei o indefinido e senti devoção perante um nada,
(o jornal dobrado, a cinza fria, o papel com um apontamento)
sem temores religiosos, pois a igreja era esta cama.
De olhar o mar nasceu a minha pintura inesgotável.
Da varanda podia saudar os povos, meus vizinhos.
Ao fogo da lareira, em segurança, o meu cabelo tinha a sua cor mais intensa.
A campainha da porta era o alarme da minha alegria.
Não te perdi a ti,
perdi o mundo.
Ingeborg Bachmann, O Tempo Aprazado
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