05 janeiro, 2015

T.S.Eliot

Haverá por certo um tempo
Para o fumo amarelo que desliza pela rua
E esfrega as costas na vidraça;
Haverá um tempo, tempo 
De compor um rosto para olhares os rostos que te olharem;
Tempo de matar, tempo de criar,
E tempo para todos os trabalhos e os dias, de mãos
Que se erguem e te deixam cair no prato uma pergunta;
Tempo para ti e tempo para mim,
E tempo ainda para cem indecisões
E outras tantas visões e revisões
Antes de tomar o chá e a torrada.

T.S.Eliot; A Canção de Amor de J. Alfred Prufrock

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