CT, s/d |
10 fevereiro, 2015
09 fevereiro, 2015
Li Bai
Se regressares através da Garganta do Rio Azul,
Por favor, não te esqueças de me avisar.
Para que eu possa ir ao teu encontro
Tal é a minha ânsia
De te abraçar, que não me metem medo o vento de areia,
Nem a distância.
Li Bai, Qual é a Minha e a Tua Língua
Por favor, não te esqueças de me avisar.
Para que eu possa ir ao teu encontro
Tal é a minha ânsia
De te abraçar, que não me metem medo o vento de areia,
Nem a distância.
Li Bai, Qual é a Minha e a Tua Língua
05 fevereiro, 2015
04 fevereiro, 2015
A condição para saber ver ao longe é estarmos
dentro de nós se se trata do próprio, ou de ter renunciado a si mesmo se se
trata dos outros.
Almada Negreiros, Nome de Guerra
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03 fevereiro, 2015
02 fevereiro, 2015
31 janeiro, 2015
30 janeiro, 2015
29 janeiro, 2015
Poema
para o Mário Cesariny
Moveu-se o automóvel - mas não devia mover-se
não devia!
Ontem à meia-noite três relógios distintos bateram:
primeiro um, depois outro e outro:
o eco do primeiro, o eco do segundo, eu sou o eco do terceiro
Eu sou a terceira meia-noite dos dias que começam
Pregões de varina sem peixe
- o peixe morreu ao sair da água
e assim já não é peixe
Assim como eu que vivo uma VIDA EXTREMA.
António Maria Lisboa, A Única Real Tradição Viva
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Alberto Caeiro
Quando vier a Primavera,
Se eu já estiver morto,
As flores florirão da mesma maneira
E as árvores não serão menos verdes que na Primavera passada.
A realidade não precisa de mim. Sinto uma alegria enorme
Ao pensar que a minha morte não tem importância nenhuma
Se eu já estiver morto,
As flores florirão da mesma maneira
E as árvores não serão menos verdes que na Primavera passada.
A realidade não precisa de mim. Sinto uma alegria enorme
Ao pensar que a minha morte não tem importância nenhuma
Se soubesse que amanhã morria
E a Primavera era depois de amanhã,
Morreria contente, porque ela era depois de amanhã.
Se esse é o seu tempo, quando havia ela de vir senão no seu tempo?
Gosto que tudo seja real e que tudo esteja certo;
E gosto porque assim seria, mesmo que eu não gostasse.
Por isso, se morrer agora, morro contente,
Porque tudo é real e tudo está certo.
E a Primavera era depois de amanhã,
Morreria contente, porque ela era depois de amanhã.
Se esse é o seu tempo, quando havia ela de vir senão no seu tempo?
Gosto que tudo seja real e que tudo esteja certo;
E gosto porque assim seria, mesmo que eu não gostasse.
Por isso, se morrer agora, morro contente,
Porque tudo é real e tudo está certo.
Podem rezar latim sobre o meu caixão, se quiserem.
Se quiserem, podem dançar e cantar à roda dele.
Não tenho preferências para quando já não puder ter preferências.
O que for, quando for, é que será o que é.
Alberto
Caeiro
Se quiserem, podem dançar e cantar à roda dele.
Não tenho preferências para quando já não puder ter preferências.
O que for, quando for, é que será o que é.
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