30 agosto, 2015

Justino Alves - A Pintura!

Justino Alves (1940-2015)

Justino Alves, serigrafia, 1989

Justino Alves, óleo s/tela, 1992

Justino Alves, Formas Planas, óleo s/ tela,  2011

















07 agosto, 2015

Sonia e Luís (e também Blaise)


Sonia Delaunay, 1913
encadernação para o livro "Les Pâques" de Blaise Cendrars 























O corpo dividido em duas partes
fechadas
à chave uma na outra, avanço
num duplo coração como se fosse
ao mesmo tempo um só barco por dois rios.

Luís Miguel Nava, Poesia Completa 

06 agosto, 2015

CT, autoretrato, 2015


05 agosto, 2015

Ruy e Pierre

Feliz aquele que administra sabiamente
a tristeza e aprende a reparti-la pelos dias
Podem passar os meses e os anos nunca lhe faltará


Ruy Belo, O Problema da Habitação

Pierre Boucher, L´eau, 1935


04 agosto, 2015

Harry Callahan, Eleanor, 1948

03 agosto, 2015

Harry Callahan

Harry Callahan, Eleanor, 1948

01 agosto, 2015

Deste lado, contempladores, espera-nos tudo: não há senão que merecê-lo.

Julio Cortázar, Papéis Inesperados



Vincent Desiderio, Hitchcock´s Hands, 2012

pálpebras


     Temos muitíssimas pálpebras e, no fundo, perdidos, estão os olhos. A lista de pálpebras - que continuo a descobrir e a classificar - inclui a instrução primária, o contrato social, a tradição, o culto dos antepassados sem descriminar entre os meritórios e os idiotas, o realismo ingénuo, a vivacidade, o a mim não me enganam, a necessidade de combinar o roupeiro provençal, o cinema e Vasari. As pálpebras são muito úteis porque protegem os olhos; tanto que, afinal, não os deixam assomar para beberem o seu vinho de luz. Otano, com grandes pinças, pôs-se a arrancar pálpebras. Ai, dói; caramba se dói. Quase que faz ver estrelas.

     Os olhos são para ver as estrelas.

Julio Córtazar, Papéis Inesperados

31 julho, 2015

Breton, Eluard, Char

André Breton, Paul Eluard, René Char

30 julho, 2015

la beauté

Colagens de André Breton e de Paul Eluard para 
Le Tombeau des Secrets de René Char 

29 julho, 2015

mão de poeta

R. Gargiolli, Mano di Poeta

28 julho, 2015

A RIMBAUD

Quando Rimbaud se tornou negreiro
e lançou sua rede
sobre a Etiópia
para caçar leões pretos
cisnes pretos
abandonou a poesia...
como era honesto aquele rapazinho...
mas muitos poetas se tornaram traficantes de escravos,
usuários
e não abandonaram a poesia.
no palácio do sultão os seus poemas
viraram portas e janelas
e não abandonaram a poesia...
elogiaram,
receberam medalhas e títulos,
ouro, prata e taças de pedra
e não abandonaram a poesia...
a marca do gendarme estava nos seus poemas
e não abandonaram a poesia...
como era honesto Rimbaud...
como era honesto aquele rapazinho...

Mu´In Besseisso (Palestina), trad. Adalberto Alves


27 julho, 2015

CT, L´endormi 
(fotografias sobre desenho de 1990),
 2015





25 julho, 2015

O céu agrada-me pensar que é a memória de dois ou três amigos, aqueles contra cujos lábios a partir de dentro empurraremos, docemente os nossos nomes e que, quando levam a comida à boca, sabem que é a nós que estão a alimentar. São dois ou três amigos, aqueles só em cujos corações enfiamos achas, o clarão atinge-lhes os olhos, pensarão: hoje a memória é como se a trouxéssemos em braços. Não sei se quando o mar lhes vier ao espírito o ouviremos rebentar, o certo é que por ele às vezes sobem as marés. Há ondas que se vê terem por ele passado antes de contra o nosso corpo deflagrarem.

Luís Miguel Nava, Poesia Completa 1979-1994, Publicações D. Quixote


Tristan Tzara, Paul Eluard, André Breton, Hans Arp, Salvador Dalí, Yves Tanguy, Max Ernst, René Crevel e Man Ray

24 julho, 2015

Cada minuto deste ouro
não é toda a eternidade?

Juan Ramón Jimenez, Antologia Poética

Harry Callahan, Couple Walking Down Street, Venice,1957

23 julho, 2015

18 julho, 2015

splendor in blue




























CT, splendor in blue, julho 2015






Gustav Klimt

Gustav Klimt, Lago Attersee, 1901

15 julho, 2015

Harry Callahan






























Quem traz a arte diante dos olhos e no sentido (...) esquece-se de si. A arte provoca o distanciamento do Eu.

Paul Celan, Arte Poética