Vivian Maier, October 29, NY, 1953 |
12 outubro, 2016
11 outubro, 2016
10 outubro, 2016
09 outubro, 2016
amor bastante
08 outubro, 2016
Ellsworth Kelly, Green (IV.4. Green; Vert Série IV, No. 4), 1964 |
Sobre as cinzas dos astros, aquelas indivisas da família, estava deitada a pobre personagem, depois de bebida a gota de nada que falta ao mar. (A garrafa vazia, loucura, tudo quanto resta do castelo?) Tendo partido o Nada, resta o castelo da pureza.
Stéphane Mallarmé, Igitur ou A Loucura de Elbehnon (trad. Carlos Valente)
07 outubro, 2016
06 outubro, 2016
the angel
05 outubro, 2016
04 outubro, 2016
03 outubro, 2016
Women lost in Thought
Harry Callahan, Chicago, 1960
I had an urge to photograph people on the streets, and to do it freely. First I shot recognizable action, people talking to each other, laughing together, etc.. This had a literal value which has never been satisfying to me. While shooting this way I found that people were lost in thought and this is what I wanted.
Harry Callahan, 1962
02 outubro, 2016
O Interior das Rosas
Onde há para este interior
um exterior? Sobre que dor
se põe este linho?
Que céus se espelham
no seio do lago
destas rosas abertas
descuidadas? Olha:
como jazem soltas no solto,
como se não pudesse
mão tremente desfolhá-las.
Mal se podem suster
a si próprias; muitas deixaram-se
encher demais, e transbordam
de espaço interior
para os dias, que cada vez
mais plenos se fecham,
até que todo o verão se faz
uma sala, uma sala num sonho.
Rainer Maria Rilke, Poemas (trad. Paulo Quintela)
um exterior? Sobre que dor
se põe este linho?
Que céus se espelham
no seio do lago
destas rosas abertas
descuidadas? Olha:
como jazem soltas no solto,
como se não pudesse
mão tremente desfolhá-las.
Mal se podem suster
a si próprias; muitas deixaram-se
encher demais, e transbordam
de espaço interior
para os dias, que cada vez
mais plenos se fecham,
até que todo o verão se faz
uma sala, uma sala num sonho.
Rainer Maria Rilke, Poemas (trad. Paulo Quintela)
01 outubro, 2016
30 setembro, 2016
O último poema
Saul Leiter, Autoretrato |
Assim eu quereria meu
último poema
Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume
A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos
A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.
Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume
A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos
A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.
Manuel Bandeira
28 setembro, 2016
26 setembro, 2016
25 setembro, 2016
24 setembro, 2016
23 setembro, 2016
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