Lucian Freud, Bella, 1981 |
23 janeiro, 2017
21 janeiro, 2017
20 janeiro, 2017
A beleza é tão grande e nós somos
tão frágeis... Estou a falar do impossível e da vida
Daniel Faria, O Livro de Joaquim
CT, Objectos do Céu Profundo, 2016 |
Etiquetas:
Cristina Tavares,
Daniel Faria,
poesia,
poesia portuguesa
19 janeiro, 2017
a irrazoável esperança
Suponho que,
arbitrariamente contrariando o sentido real da história, eu de algum modo já me
prometia por escrito que o ócio, mais que o trabalho, me daria as grandes
recompensas gratuitas, as únicas a que aspirava. É possível também que já então
meu tema de vida fosse a irrazoável esperança, e que eu já tivesse iniciado a
minha grande obstinação: eu daria tudo o que era meu por nada, mas queria que
tudo me fosse dado por nada. Ao contrário do trabalhador da história, na
composição eu sacudia dos ombros todos os deveres e dela saía livre e pobre, e
com um tesouro na mão.
Clarisse Lispector, Contos
CT, Objectos do Céu Profundo, 2016 |
Etiquetas:
Clarice Lispector,
Cristina Tavares,
Objectos do Céu Profundo,
oxigénio
18 janeiro, 2017
Anise Kolz
Os meus poemas são-me estranhos
como pinturas rupestres
Ignoro a sua origem e idade
por vezes reconheço um pormenor
um animal familiar
Anise Kolz, Cantos de Recusa
17 janeiro, 2017
Anise Kolz
Os poemas
que ainda não foram escritos
pesam sobre mim
como a sombra acumulada
de um verão
Anise Kolz, Cantos de Recusa
16 janeiro, 2017
15 janeiro, 2017
14 janeiro, 2017
13 janeiro, 2017
o céu claro
Alexander Calder, Snow Flurry I, 1948 |
Avança cada instante inteiro e antigo
vejo-me visto leio-me lido
tudo está feito.
vejo-me visto leio-me lido
tudo está feito.
(E se perdemos a memória do encontro
como diremos da manhã
o céu claro?)
como diremos da manhã
o céu claro?)
João Miguel Fernandes Jorge, Sobre o Mar e a Casa
Etiquetas:
A,
João Miguel Fernandes Jorge,
oxigénio,
poesia,
poesia portuguesa
11 janeiro, 2017
novíssima poesia brasileira
a Torre Eiffel é que é de ferro
eu sou de titânio e osso
Danielle
Magalhães
10 janeiro, 2017
09 janeiro, 2017
08 janeiro, 2017
Eva e Rita
Eva Hesse, s/ título, 1966 |
queria mesmo
que o poema tivesse uma qualidade profética,
que inaugurasse um universo paralelo
mas o poema é bidimensional; ele tem a velocidade
de gotas descendo espáduas octagenárias, incorrendo
em cada vinco, hesitando nos profundos sulcos,
ensaiando um desvio
a cada acidente epidérmico
causado pelos anos.
Rita Isadora Pessoa
Etiquetas:
E,
Elas,
oxigénio,
poesia,
Rita Isadora Pessoa
Assinar:
Postagens (Atom)