Rebecca Norris Webb, Brooklyn, New York, USA, 2015 |
22 março, 2019
21 março, 2019
Rui Chafes
A verdadeira liberdade é justamente poder não ter, poder abdicar, renunciar, poder prescindir. Essa é que é a verdadeira liberdade, esse é que é o luxo.
Rui Chafes ( no documentário de João Trabulo, Durante o Fim, 2017)
Rui Chafes ( no documentário de João Trabulo, Durante o Fim, 2017)
20 março, 2019
19 março, 2019
18 março, 2019
Bridget Riley
17 março, 2019
16 março, 2019
15 março, 2019
Herberto e retratos do ar
O que rutila, o que arde destacadamente
na noite, é o actor, com
uma voz pura monotonamente batida
pela solidão universal.
Herberto Helder, Poemas Completos
na noite, é o actor, com
uma voz pura monotonamente batida
pela solidão universal.
Herberto Helder, Poemas Completos
Felicitas Vogler, Ben Nicholson trabalhando no seu estúdio, casa Alla Roca, 1965 |
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Herberto e Anna
Amo devagar os amigos que são tristes com cinco dedos de cada lado.
Os amigos que enlouquecem e estão sentados, fechando os olhos,
com os livros atrás a arder para toda a eternidade.
Não os chamo, e eles voltam-se profundamente
dentro do fogo.
-Temos um talento doloroso e obscuro.
Construímos um lugar de silêncio.
De paixão.
Herberto Helder, Poemas Completos
Os amigos que enlouquecem e estão sentados, fechando os olhos,
com os livros atrás a arder para toda a eternidade.
Não os chamo, e eles voltam-se profundamente
dentro do fogo.
-Temos um talento doloroso e obscuro.
Construímos um lugar de silêncio.
De paixão.
Herberto Helder, Poemas Completos
Kuzma Petrov- Vodkin, Anna Akmatova, 1922 |
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09 março, 2019
05 março, 2019
04 março, 2019
03 março, 2019
Ana Gonçalves
02 março, 2019
01 março, 2019
Francis Ponge
O homem não é senão um navio pesado, um pássaro pesado, sobre o abismo.
Sabemo-lo por experiência.
Sabemo-lo por experiência.
Cada “battibaleno” no-lo confirma. Batemos o olhar, como o pássaro a asa, para nos aguentarmos.
Ora no cimo da vaga, ora julgando afundar-nos.
Ora no cimo da vaga, ora julgando afundar-nos.
Eternos vagabundos, pelo menos enquanto em vida.
Mas o mundo está povoado de objectos. Nas suas margens, a sua multidão infinita, a sua colecção aparece-nos, é certo, sobretudo indistinta e fluida.
Contudo isso basta para nos tranquilizar. Porque, também por experiência o sabemos, cada um deles, à nossa vontade, um de cada vez, pode tornar-se o nosso ponto de ancoragem, o marco em que nos apoiarmos.
Basta que ele pese.
Mais do que para o nosso olhar, é então coisa para a nossa mão, - que ela saiba prosseguir a manobra.
Francis Ponge,Alguns Poemas, selecção, organização e tradução Manuel Gusmão, Cotovia
Cristina Tavares, Old Mimosa, fevereiro 2019 |
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Francis Ponge,
poesia
28 fevereiro, 2019
25 fevereiro, 2019
23 fevereiro, 2019
15 fevereiro, 2019
Georgia e Arthur
"J'aimerais tant que tu voies ce que je contemple chaque jour à ma fenêtre. La lune qui disparaît à l’aube dans un ciel couleur lavande, les falaises au loin, leur dégradé de jaunes, de pourpres et de roses, et le vert si singulier des cèdres brousailleux qui ponctuent le paysage."
carta de Georgia O’Keeffe ao amigo pintor Arthur Dove, 1942
carta de Georgia O’Keeffe ao amigo pintor Arthur Dove, 1942
Arthur Dove, Fog Horns, 1929 |
António Ramos Rosa
como se uma janela minúscula através das sombras
a cada impulso abrisse um horizonte
e o mundo ressoasse com a música de um bosque
António Ramos Rosa, Clamores
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