19 fevereiro, 2017

William Egglestone

William Egglestone, Mississippi, 1971

16 fevereiro, 2017

I believe in kindness. Also in mischief. Also in singing, especially when singing is not necessarily prescribed.
Mary Oliver


CT, Objectos do Céu Profundo, 2017

15 fevereiro, 2017

Paul Strand

Paul Strand, Rebecca, New York, 1921

13 fevereiro, 2017

Saul Leiter


Saul Leiter, Snow, 1960

Saul Leiter, Subway Car 4435, 1950



















12 fevereiro, 2017

Sze Tsung Leong

Sze Tsung Leong, Dead Sea II, 2007

11 fevereiro, 2017

Kunié Sugiura

Kunié Sugiura, After "Electric Dress", 2001 

10 fevereiro, 2017

Robert Mapplethorpe

I am obsessed with beauty. I want everything to be perfect, and of course it isn't. And that's a tough place to be because you're never satisfied.(Robert Mapplethorpe)


R.M., Rose, 1989 
























R.M., Ken Moody and Robert Sherman,1984



09 fevereiro, 2017

Joan Mitchell

Joan Mitchell, Few Days II (after James Schuyler), 1985

08 fevereiro, 2017

Frederico

FMG, Água-tinta, 2017

A mais bela Elisabeth Bishop

One Art

The art of losing isn’t hard to master;
so many things seem filled with the intent
to be lost that their loss is no disaster.

Lose something every day. Accept the fluster
of lost door keys, the hour badly spent.
The art of losing isn’t hard to master.

Then practice losing farther, losing faster:
places, and names, and where it was you meant
to travel. None of these will bring disaster.

I lost my mother’s watch. And look! my last, or
next-to-last, of three loved houses went.
The art of losing isn’t hard to master.

I lost two cities, lovely ones. And, vaster,
some realms I owned, two rivers, a continent.
I miss them, but it wasn’t a disaster.

—Even losing you (the joking voice, a gesture
I love) I shan’t have lied. It’s evident
the art of losing’s not too hard to master
though it may look like (Write it!) like disaster.

06 fevereiro, 2017

Oh, Ellsworth Kelly

Ellsworth Kelly, Blue Disk, 1963

Marianne Moore (e E.K.)

Para Uma Ave de Presa


Convéns-me, pois nem sequer te tomo a sério,
e não ficas cega pela palha que rodopia
    ao ser trazida de uma meda pelos ventos.

Sabes pensar e o que pensas dizes
com muito orgulho e fria firmeza
    de Sansão, e ninguém ousa deter-te.

O orgulho assenta-te bem, tão empertigada, ave colossal.
Nenhuma capoeira te faz parecer absurda;
   as tuas garras atrevidas são fortes, contra a derrota.


Poemas de Marianne Moore e Elisabeth Bishop (trad. Mª de Lourdes Guimarães) 



Ellsworth Kelly


05 fevereiro, 2017


um buraco na noite
subitamente invadido por um anjo


Alejandra Pizarnik


CT, Objectos do Céu Profundo, 2016

03 fevereiro, 2017

02 fevereiro, 2017

Henri Matisse


Não habitamos a terra 
ela habita-nos

Anise Kolz, Cantos de Recusa





Resultado de imagem para matisse recortandoMatisse

01 fevereiro, 2017

um anjo


Um anjo segue-me
como a minha sombra

Habituado à sua presença
esqueço-o
como ele me esquece.

Anise Kolz, Cantos de Recusa


Matisse

30 janeiro, 2017




Cada átomo de silêncio é a oportunidade de um fruto maduro.

Paul Valéry


CT, Objectos do Céu Profundo, 2016















28 janeiro, 2017

A Woolf

George Charles Beresford, Virginia Woolf, 1902

27 janeiro, 2017

A outra Woolf

Vanessa Bell, Auto-retrato, c.1915

25 janeiro, 2017

Celia Paul

Lucian Freud, Girl in Striped Nightshirt, 1985

24 janeiro, 2017

Bella

Resultado de imagem para bella lucian freud
Lucian Freud, Bella, 1981

Bella

Lucian Freud, Bella (detalhe), 1981

23 janeiro, 2017

pombas, búzio

Henri Cartier-Bresson, Henri Matisse Studio, 1944

22 janeiro, 2017

 CT,  Cardo e cavalo-marinho à noite, sobre pintura, jan 2017


21 janeiro, 2017









































CT, Cardo à noite sobre pintura,  janeiro 2017

Pierre e Edouard

Pierre Bonnard e Edouard Vuillard numa viagem a Itália, 1899

20 janeiro, 2017


A beleza é tão grande e nós somos
tão frágeis... Estou a falar do impossível e da vida


Daniel Faria, O Livro de Joaquim



CT, Objectos do Céu Profundo, 2016

19 janeiro, 2017

a irrazoável esperança

Suponho que, arbitrariamente contrariando o sentido real da história, eu de algum modo já me prometia por escrito que o ócio, mais que o trabalho, me daria as grandes recompensas gratuitas, as únicas a que aspirava. É possível também que já então meu tema de vida fosse a irrazoável esperança, e que eu já tivesse iniciado a minha grande obstinação: eu daria tudo o que era meu por nada, mas queria que tudo me fosse dado por nada. Ao contrário do trabalhador da história, na composição eu sacudia dos ombros todos os deveres e dela saía livre e pobre, e com um tesouro na mão.


Clarisse Lispector, Contos

CT, Objectos do Céu Profundo, 2016

18 janeiro, 2017

Objectos do Céu Profundo 13
























CT, Objectos do Céu Profundo, 2016

Anise Kolz

Os meus poemas são-me estranhos
como pinturas rupestres

Ignoro a sua origem e idade
por vezes reconheço um  pormenor
um animal familiar


Anise Kolz, Cantos de Recusa

17 janeiro, 2017

Anise Kolz

Os poemas
que ainda não foram escritos
pesam sobre mim
como a sombra acumulada
de um verão


Anise Kolz, Cantos de Recusa

Resultado de imagem para anise koltz poesias

14 janeiro, 2017

Matisse, recortes

Lydia Delectorskaya, Henri Matisse, 1952

13 janeiro, 2017

o céu claro

Alexander Calder, Snow Flurry I, 1948




























Avança cada instante inteiro e antigo
vejo-me visto leio-me lido
tudo está feito.
(E se perdemos a memória do encontro
como diremos da manhã
o céu claro?)

João Miguel Fernandes Jorge, Sobre o Mar e a Casa

11 janeiro, 2017

novíssima poesia brasileira

a Torre Eiffel é que é de ferro
eu sou de titânio e osso


Danielle Magalhães

Saul Leiter

Saul Leiter, Remy,c.1950
(parabéns, t.)

10 janeiro, 2017

David Hockney 2013

David Hockney, John Baldessari, 2013

09 janeiro, 2017

David Hockney 2016

David Hockney, Edith Devaney, 2016

08 janeiro, 2017

Eva e Rita

Eva Hesse, s/ título, 1966







































queria mesmo que o poema tivesse uma qualidade profética,
                     que inaugurasse um universo paralelo
           mas o poema é bidimensional; ele tem a velocidade
          de gotas descendo espáduas octagenárias, incorrendo
               em cada vinco, hesitando nos profundos sulcos,

                            
                                           ensaiando um desvio
                                       a cada acidente epidérmico
                                             causado pelos anos.


Rita Isadora Pessoa


07 janeiro, 2017

Aleksandr Rodchenko, Hanging Construction, 1920













































(...) Vi perfeitamente a progressão 
Do desenho, e como ele se detinha na contemplação de cada
Anjo.

Maria Gabriela Llansol, O Começo de Um Livro é Precioso


06 janeiro, 2017

_____________Estas árvores balouçam na sua hesitação
Mas prosseguem. Os ramos mais altos precipitam-se,
Abrem no ar pousadas. Os mais baixos ocupam. Sol não 
Falta. Há apenas a curva do caminho com incidências
Drásticas na sua respiração. Sim, há ainda as concorrentes,
As sementes ininterruptas, e o incompreensível desprezo
Dos Humanos. Parasceve não diz. Se o cortarem, não
Reagirá________«Porque não entendeis a leveza de prosseguir


Maria Gabriela Llansol, "O Começo de um Livro é Precioso"

04 janeiro, 2017

por tudo o que tomba

CT, Objectos do Céu Profundo, 2017

por tudo o que tomba


por tudo o que tomba
sem se reerguer sem
sequer lembrar da queda
        pela sombra
que nunca é proporcional
   à luz         
                 pela sombra
que não é proporcional
de maneira alguma
                      à luz


Rita Isadora Pessoa


(novíssima, belíssima poesia brasileira)



02 janeiro, 2017

o poema

o poema ele não se curva
                            ele é tão domesticável quanto uma onça

                                     fumando charutos cubanos.


Rita Isadora Pessoa

01 janeiro, 2017