CADÊNCIA DE MARTE
(…)
III
Que tinha essa estrela a ver com o mundo que iluminava,
Com o vazio dos céus sobre a Inglaterra, sobre a França
E sobre os acampamentos alemães? Parecia estar alheia.
E, no entanto, é isto que permanecerá – ela própria
É tempo, alheio a qualquer passado, alheia a
Qualquer futuro, o ser que sempre é
O que sempre respira e mexe, o fogo permanente,
IV
O presente próximo, o presente realizado.
Não o símbolo, mas aquilo por que o símbolo está,
A coisa, viva no ar, que nunca se transforma
Se bem que o ar se transforme. Só esta noite eu a vi de novo,
No princípio do Inverno, e de novo respirei
E de novo me movi e de novo cintilei, o tempo de novo cintilou.
Wallace Stevens, “Partes de um Mundo”
07 abril, 2008
06 abril, 2008
do ar
Dennis Oppenheim, "Boundary Split", 1979
Dennis Oppenheim, "Dead Ramp", 1978
Dennis Oppenheim, "Information Lines", 1981
(para o Luís, enquanto esperamos o regresso do Geografismos )
05 abril, 2008
03 abril, 2008
James Welling, 2005
#17
ainda trago os espinhos na palma dos pés no início parecia uma caminhada tão simples pura e transparente mesmo com muito esforço as agulhas não saem talvez estejam definitivamente cravadas não sinto dor não sinto os pés sofro só a memória do primeiro andamento/
Frederico Mira George, "O Caderno Feliz", 2008
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02 abril, 2008
24 março, 2008
21 março, 2008
a luz
A luz é símbolo e agente de pureza. Onde a luz não tem nada a fazer, nada a unir ou nada a separar, passa.
Novalis, "Fragmentos"
Novalis, "Fragmentos"
14 março, 2008
11 março, 2008
09 março, 2008
03 março, 2008
01 março, 2008
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