Jacques Henri Lartigue, 1908 |
22 fevereiro, 2014
21 fevereiro, 2014
Jacques Henri Lartigue, "Self Portrait with Hydroglider", 1904 |
Jacques Henri Lartigue, Diário - julho 1911 |
"Like Peter Pan, at just seven years of
age Jacques-Henri Lartigue decided to dedicate his life to the pursuit of
happiness and never growing up. His father gave him the ultimate present with
which to document a lifetime’s enjoyment: a camera, and luckily for us,
Lartigue was determined to photograph everything. "
16 fevereiro, 2014
Uma ocasião,
de alaranjado brilhante.
Por muito tempo morámos numa casa,
como ele mesmo dizia,
constantemente amanhecendo.
Adélia Prado
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15 fevereiro, 2014
14 fevereiro, 2014
10 fevereiro, 2014
09 fevereiro, 2014
Mario Quintana, 1906-1994 |
Que esta minha paz e este meu amado silêncio
Não iludam a ninguém
Não é a paz de uma cidade bombardeada e deserta
Nem tampouco a paz compulsória dos cemitérios
Acho-me relativamente feliz
Porque nada de exterior me acontece...
Mas,
Em mim, na minha alma,
Pressinto que vou ter um terremoto!
Mario Quintana, "Velório Sem Defunto"
Quando, ainda menino, briguei ainda uma vez para
sempre com
Adalgisa
Não fui olhar a saída da missa de domingo,
Como era costume naqueles ingênuos e queridos tempos,
E fui passear pela rua da sua casa
Ver a placa da esquina
Despertar o costumeiro revôo dos pombos na calçada
Não esqueci nada, nada daquilo...
Tudo tão cheio da ausência dela!
Adalgisa
Não fui olhar a saída da missa de domingo,
Como era costume naqueles ingênuos e queridos tempos,
E fui passear pela rua da sua casa
Ver a placa da esquina
Despertar o costumeiro revôo dos pombos na calçada
Não esqueci nada, nada daquilo...
Tudo tão cheio da ausência dela!
Mario Quintana, "Velório Sem Defunto"
Hoje me acordei pensando em
uma pedra numa rua de Calcutá. Numa determinada pedra numa rua de Calcutá.
Solta. Sozinha. Quem repara nela? Só eu, que nunca fui lá. Só eu, deste lado do
mundo, te mando agora esse pensamento... Minha pedra de Calcutá.
Mario Quintana, "Velório Sem Defunto"
08 fevereiro, 2014
não me canso de dizer que cada coisa
pode ser o contrário do que é.
quando digo que cada coisa pode ser
o contrário do que é, sei perfeitamen
te o que digo e é isso que quero di
zer e não o contrário, embora o contr
ário também esteja certo, porque cada
coisa também pode ser o que é.
a função das coisas é ser aquilo
que se quer que elas sejam.
Alberto Pimenta,Obra Quase Incompleta
pode ser o contrário do que é.
quando digo que cada coisa pode ser
o contrário do que é, sei perfeitamen
te o que digo e é isso que quero di
zer e não o contrário, embora o contr
ário também esteja certo, porque cada
coisa também pode ser o que é.
a função das coisas é ser aquilo
que se quer que elas sejam.
Alberto Pimenta,Obra Quase Incompleta
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06 fevereiro, 2014
Pedes-me um poema.
Ofereço-te uma folha de erva.
Dizes que não chega.
Pedes-me um poema.
Eu digo que esta folha de erva basta.
Vestiu-se de orvalho.
É mais imediata
Do que alguma imagem minha.
Dizes que não é um poema.
É uma simples folha de erva e a erva
Não é suficientemente boa.
Ofereço-te uma folha de erva.
Estás indignada.
Dizes que é fácil oferecer uma folha de erva.
Que é absurdo.
Qualquer um pode oferecer uma folha de erva.
Pedes-me um poema.
E então escrevo uma tragédia acerca
De como uma folha de erva
Se torna cada vez mais difícil de oferecer
E de como quanto mais envelheces
Uma folha de erva
Se torna mais difícil de aceitar.
Ofereço-te uma folha de erva.
Dizes que não chega.
Pedes-me um poema.
Eu digo que esta folha de erva basta.
Vestiu-se de orvalho.
É mais imediata
Do que alguma imagem minha.
Dizes que não é um poema.
É uma simples folha de erva e a erva
Não é suficientemente boa.
Ofereço-te uma folha de erva.
Estás indignada.
Dizes que é fácil oferecer uma folha de erva.
Que é absurdo.
Qualquer um pode oferecer uma folha de erva.
Pedes-me um poema.
E então escrevo uma tragédia acerca
De como uma folha de erva
Se torna cada vez mais difícil de oferecer
E de como quanto mais envelheces
Uma folha de erva
Se torna mais difícil de aceitar.
Brian Patten
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