17 maio, 2015

World's Columbian Exposition of 1893

Cristina Campo






























Perceber é reconhecer apenas o que tem valor, apenas o que existe realmente. E o que mais existe realmente neste mundo senão o que não é deste mundo?

Cristina Campo, Os Imperdoáveis




Apesar de tudo amo a minha época porque é a época em que falta tudo e, exactamente por isso, talvez seja o verdadeiro tempo do conto de fadas. E é claro que não entendo com isto a era dos tapetes voadores e dos espelhos mágicos, que o homem destruiu para sempre no acto de fabricá-los, mas sim, a época da beleza em fuga, da graça e do mistério prestes a desaparecer, como as aparições e os sinais arcanos do conto de fadas: tudo aquilo a que certos homens nunca renunciam, que quanto mais os apaixona mais parece perdido e esquecido. Tudo o que se vai procurar bem longe, mesmo com risco de vida, como a rosa de Belinda em pleno inverno. Tudo o que sempre se oculta sob peles cada vez mais impenetráveis, no fundo de cada vez mais horrendos labirintos.

Cristina Campo, Os Imperdoáveis





História maravilhosa do Faraó Miquerinos, condenado pelos deuses a morrer jovem. Aos olhos deles não apresenta qualquer graça a sua doce clemência, que traiu o destino trágico do Egipto após as tiranias de Quéops e de Quéfrem.

E ele manda iluminar os seus palácios e os seus parques com milhares de lanternas.
Das noites fará outros tantos dias e assim viverá doze anos em vez dos seis que lhe restam.
É certamente uma parábola do poeta, desse inimigo involuntário da lei da necessidade.
O que pode fazer o poeta injustamente punido senão transformar as noites em dias, as trevas em luz?


Cristina Campo, Os Imperdoáveis


14 maio, 2015

Alejandra Pizarnik


ela despe-se no paraíso
da sua memória
ela desconhece o feroz destino
das suas visões
ela tem medo de não saber dar nome
ao que não existe

Alejandra Pizarnik, Antologia Poética

13 maio, 2015

Alexandra Pizarnik


por um minuto de vida breve

única de olhos abertos


por um minuto de ver


no cérebro flores pequenas


dançando como palavras na boca de um mudo



Alejandra Pizarnik, Antologia Poética

12 maio, 2015

Eliot Elisofon, Young Girl Swimming in Pool Covered in Gardenia Blossoms, 1945

11 maio, 2015

Leni Riefenstahl, Portrait of a Diver, Olympia, 1936

10 maio, 2015

CT, colagem, 1998
"Did I feel happy because I was free, or free because I was happy ?"

09 maio, 2015

Agnes Martin

Mildred Tolbert, Agnes Martin, 1954







































The work of artists is an investigation into truth and you’re going to see it in your mind, your own mind.


Doing what you were born to do … That’s the way to be happy.

Agnes Martin
Agnes Martin, s/título n#13, 1965

Agnes Martin, Window, 1967

08 maio, 2015

Francesca Woodman

Francesca Woodmann, s/título, 1979/80

07 maio, 2015


Cristina Tavares, colagem, 2005






























A felicidade está onde a pomos.

António Osório

06 maio, 2015

30 abril, 2015

Mário Dionísio

mil anos que viva não se apaga
a imagem sombria e vacilante
dum homem desconhecido numa esquina
com um lenço na mão manchado de sangue

Mário Dionísio, O Riso Dissonante

29 abril, 2015

Aleksandr Rodchenko, Varvara Stepanova, 1929

28 abril, 2015

Kurt Schwitters

Kurt Schwitters, 1926


Kurt Schwitters

Kurt Schwitters, 1926

27 abril, 2015

Tina Modotti, 1924

26 abril, 2015

A alegria é uma torre transparente.

Pablo Neruda, Antologia Breve

Tina Modotti, 1925
(parabéns G.)