21 setembro, 2015

running dog

Francis Bacon, Study for a Running Dog, 1954

20 setembro, 2015

Dora Maar

Dora Maar, Nush Eluard, 1932

19 setembro, 2015

Gérard Castello-Lopes

Gérard Castello-Lopes, Lisboa, 1956

17 setembro, 2015

bronze romano, fragmento de um braço, 100 dc




















Um poema ou uma árvore podem ainda sal­var o mundo.

Eugénio de Andrade

16 setembro, 2015

Creio nas aparições e no nevoeiro

Creio nas aparições e no nevoeiro,
nas estradas curvas junto dos outeiros.
Creio num mar ao longe que não se vê,
na encruzilhada em forma de escada.
Creio na serra, nos altos, até nas espadas.
Creio na eternidade ligeira de uma escarpa,
e nas árvores que nascem inclinadas.
Creio que tudo tem asas e que o sol não esconde nada.
Creio no regresso das montanhas
Ao precipício feliz do amor verdadeiro. 


Frederico Mira George, O Veneno Solitário
Galileo Chini, Il Tifone, 1911

15 setembro, 2015

Emily e Cy

Cy Twombly, Poems to the Sea, 1959

(...)
A Manhã - apenas a semente do Meio-Dia -


Emily Dickinson, Esta É A Minha Carta Ao Mundo e Outros Poemas 

14 setembro, 2015

John Stezaker

John Stezaker, Mask XIII, 2006

13 setembro, 2015

Setembro lembra-se de Agosto

Frederico Mira George, Setembro lembra-se de Agosto, 2015

Michaël e Frederico, verde e preto

Michaël Borremans, The Hornet, 2008
Michaël Borremans, The Angel (detalhe), 2013

















































Não é possível tê-la avistado.  Os múltiplos transeuntes
que cruzavam a tarde abaixo das arcadas, envidavam
a tintura d'esta idade e a geografia do calendário: humanais
acatando a benção de ser desconhecido à minha passagem.
¡E entre eles, lá estava! Pétrea no vestido púrpura
raso aos pés;  o cabelo nocente; a sombrinha
negra com castão de prata. Os olhos de vidro verde.

Frederico Mira George, O Veneno Solitário


12 setembro, 2015

Luís Marrafa - Elogio da dança

As pessoas estão perdidas neste espaço que é o mundo que habitamos, mas não estão conformadas, procuram um caminho no caos. E por vezes há uma luz, um oráculo, que habita, de pé, o palco. ‘Home’, o último trabalho do coreógrafo e bailarino Luís Marrafa, podia ser uma metáfora da ideia de existência e cidadania com que nos confrontamos nos dias de hoje e trabalha sobre este conceito de relação, com os corpos dos outros, com os corpos dos espaços, com a bagagem de memórias e sensações que levamos às costas como casa. Nascido na Alemanha e regressado a Évora em criança, Marrafa vive hoje em Bruxelas, onde dirige a sua própria companhia da dança, após ter passado por Londres. Depois de ‘Home’, apresentado em Junho na Culturgest, Lisboa, Marrafa regressa à capital portuguesa em Setembro para apresentar uma criação anterior, ‘Abstand’, no Centro Cultural de Belém. ‘Abstand’, distância, fala de novo sobrre linguagem e proxémica, sobre comunicação na não-comunicação.

IF YOU WALK THE GALAXY, Cláudia Marques Ramos

IF YOU WALK THE GALAXIES | LUÍS MARRAFA



dança em estado puro

11 setembro, 2015

Red Hand, Green Hand

Michaël Borremans,Red Hand, Green Hand, 2010

Michaël Borremans

 Michaël Borremans, The Angel, 2013


Michaël Borremans, The Devil's Dress, 2011

08 setembro, 2015

Les mots

Les mots qui vont surgir savent de nous des choses que nous ignorons d’eux.

René Char, Chants de la Balandrane


Hazel Larsen Archer, Merce Cunningham,1948

07 setembro, 2015

Odilon Redon

Odilon Redon, Pêssego, 1901

06 setembro, 2015

Vi como um danado

Se, depois de eu morrer, quiserem escrever a minha biografia,
Não há nada mais simples.
Tem só duas datas—a da minha nascença e a da minha morte.
Entre uma e outra coisa todos os dias são meus.
Sou fácil de definir.
Vi como um danado.
Amei as coisas sem sentimentalidade nenhuma.
Nunca tive um desejo que não pudesse realizar, porque nunca ceguei.
Mesmo ouvir nunca foi para mim senão um acompanhamento de ver.
Compreendi que as coisas são reais e todas diferentes umas das outras;
Compreendi isto com os olhos, nunca com o pensamento.
Compreender isto com o pensamento seria achá-las todas iguais.
Um dia deu-me o sono como a qualquer criança.
Fechei os olhos e dormi.
Além disso, fui o único poeta da Natureza.


Alberto Caeiro, Poemas Inconjuntos


Henri Matisse, The Parakeet and the Mermaid, 1952

05 setembro, 2015

Entretanto celebremos a irrealidade

Entretanto celebremos a irrealidade e o milagre: o homem demonstra a sua existência entrando e saindo das portas obscuras.

Pablo Neruda, Nasci para Nascer, (trad. Eduardo Saló e Mário Dionísio)


Hans Namuth, Jackson Pollock at work in his studio, 1950