02 fevereiro, 2016
01 fevereiro, 2016
Manoel e Jopie
31 janeiro, 2016
O Guardador de Águas
Henriette Browne, A Nun (Mme Jules de Saux), 1850-70 (detalhe) |
Nas Metamorfoses, em duzentas e quarenta fábulas,
Ovídio mostra seres humanos transformados em
pedras, vegetais, bichos, coisas.
pedras, vegetais, bichos, coisas.
Um novo estágio seria que os entes já transformados
falassem um dialeto coisal, larval,pedral, etc.
Nasceria uma linguagem madruguenta, adâmica,
edênica, inaugural -
edênica, inaugural -
Que os poetas aprenderiam - desde que voltassem às
crianças que foram
crianças que foram
As rãs que foram
As pedras que foram.
Para voltar à infância, os poetas precisariam também de
reaprender a errar a língua.
reaprender a errar a língua.
Mas esse é um convite à ignorância? A enfiar o idioma
nos mosquitos?
nos mosquitos?
Seria uma demência peregrina.
Manoel de Barros, O Guardador de Águas
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30 janeiro, 2016
Frederico e Saul
O
castanho infantil degradou-se com exposições
Solares
Exageradas.
E demasiadas leituras. E Caligrafias.
Creio
no pigmento dos olhos como demonstração
Matemática
do rigor extremo das horas pesadas.
Frederico Mira George, O Veneno Solitário
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S
29 janeiro, 2016
28 janeiro, 2016
Igor Mitoraj
27 janeiro, 2016
26 janeiro, 2016
25 janeiro, 2016
Oh, Anni Albers
23 janeiro, 2016
Marlene e Marin
Marlene Dumas, Measuring Your Own Grave, 2008 |
Olha, as coisas
Estão cortadas ao meio,
De um lado elas
Do outro o seu nome.
Estão cortadas ao meio,
De um lado elas
Do outro o seu nome.
Há um vasto espaço entre elas,
Espaço para correr,
Para a vida.
Espaço para correr,
Para a vida.
Olha, tu estás cortado ao meio.
De um lado tu,
Do outro o teu nome.
De um lado tu,
Do outro o teu nome.
Não sentes às vezes ou no sonho
Ou à margem do sonho,
Que na tua fronte
Assentam outros pensamentos,
Sobre as tuas mãos
Outras mãos?
Ou à margem do sonho,
Que na tua fronte
Assentam outros pensamentos,
Sobre as tuas mãos
Outras mãos?
Só por um instante foste compreendido
Fazendo o teu nome
Atravessar o teu corpo,
De um modo sonoro e doloroso,
Como o badalo de bronze
Através do vazio do sino.
Fazendo o teu nome
Atravessar o teu corpo,
De um modo sonoro e doloroso,
Como o badalo de bronze
Através do vazio do sino.
Marin Sorescu (1936- 1996)
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22 janeiro, 2016
Carlos de Oliveira
Odilon Redon, Nature Morte 1905 |
Será da própria condição das coisas serem silenciosas agora?
Carlos de Oliveira, Terra de Harmonia
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19 janeiro, 2016
18 janeiro, 2016
Rui Calçada Bastos
17 janeiro, 2016
o silêncio
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