15 janeiro, 2017
14 janeiro, 2017
13 janeiro, 2017
o céu claro
Alexander Calder, Snow Flurry I, 1948 |
Avança cada instante inteiro e antigo
vejo-me visto leio-me lido
tudo está feito.
vejo-me visto leio-me lido
tudo está feito.
(E se perdemos a memória do encontro
como diremos da manhã
o céu claro?)
como diremos da manhã
o céu claro?)
João Miguel Fernandes Jorge, Sobre o Mar e a Casa
Etiquetas:
A,
João Miguel Fernandes Jorge,
oxigénio,
poesia,
poesia portuguesa
11 janeiro, 2017
novíssima poesia brasileira
a Torre Eiffel é que é de ferro
eu sou de titânio e osso
Danielle
Magalhães
10 janeiro, 2017
09 janeiro, 2017
08 janeiro, 2017
Eva e Rita
Eva Hesse, s/ título, 1966 |
queria mesmo
que o poema tivesse uma qualidade profética,
que inaugurasse um universo paralelo
mas o poema é bidimensional; ele tem a velocidade
de gotas descendo espáduas octagenárias, incorrendo
em cada vinco, hesitando nos profundos sulcos,
ensaiando um desvio
a cada acidente epidérmico
causado pelos anos.
Rita Isadora Pessoa
Etiquetas:
E,
Elas,
oxigénio,
poesia,
Rita Isadora Pessoa
07 janeiro, 2017
Aleksandr Rodchenko, Hanging Construction, 1920 |
(...) Vi perfeitamente a progressão
Do desenho, e como ele se detinha na contemplação de cada
Anjo.
Maria Gabriela Llansol, O Começo de Um Livro é Precioso
Etiquetas:
A,
Maria Gabriela Llansol,
oxigénio,
poesia,
poesia portuguesa
06 janeiro, 2017
_____________Estas árvores balouçam na sua hesitação
Mas prosseguem. Os ramos mais altos precipitam-se,
Abrem no ar pousadas. Os mais baixos ocupam. Sol não
Falta. Há apenas a curva do caminho com incidências
Drásticas na sua respiração. Sim, há ainda as concorrentes,
As sementes ininterruptas, e o incompreensível desprezo
Dos Humanos. Parasceve não diz. Se o cortarem, não
Reagirá________«Porque não entendeis a leveza de prosseguir?»
Maria Gabriela Llansol, "O Começo de um Livro é Precioso"
Etiquetas:
Maria Gabriela Llansol,
poesia,
poesia portuguesa
04 janeiro, 2017
por tudo o que tomba
por tudo o
que tomba
sem se
reerguer sem
sequer
lembrar da queda
pela sombra
que nunca é
proporcional
à luz
pela sombra
que não é
proporcional
de maneira
alguma
à luz
Rita Isadora Pessoa
(novíssima, belíssima poesia brasileira)
02 janeiro, 2017
o poema
o poema ele
não se curva
ele é tão domesticável quanto uma onça
fumando
charutos cubanos.
Rita Isadora Pessoa
01 janeiro, 2017
26 dezembro, 2016
eis que as Chuvas...
Um homem atacado de tamanha solidão, que ele vá e que suspenda nos santuários a máscara e o bastão de comando!
Quanto a mim, levava a esponja e o fel às feridas de uma velha árvore carregada com as correntes da terra.
"Tinha, eu tinha o gosto de viver longe dos homens, e eis que as Chuvas..."
Saint-John Perse, Habitarei O Meu Nome, trad.João Moita
Quanto a mim, levava a esponja e o fel às feridas de uma velha árvore carregada com as correntes da terra.
"Tinha, eu tinha o gosto de viver longe dos homens, e eis que as Chuvas..."
Saint-John Perse, Habitarei O Meu Nome, trad.João Moita
sem relíquias
Os homens tinham então
uma boca mais grave, as mulheres tinham braços mais lentos;
então, alimentando-se como nós de raízes, grandes animais
taciturnos enobreciam-se;
e mais longas sobre mais sombra se erguiam as pálpebras...
(Tive este sonho, ele consumiu-nos sem relíquias.)
Saint-John Perse, Habitarei O Meu Nome, trad.João Moita
uma boca mais grave, as mulheres tinham braços mais lentos;
então, alimentando-se como nós de raízes, grandes animais
taciturnos enobreciam-se;
e mais longas sobre mais sombra se erguiam as pálpebras...
(Tive este sonho, ele consumiu-nos sem relíquias.)
Saint-John Perse, Habitarei O Meu Nome, trad.João Moita
25 dezembro, 2016
24 dezembro, 2016
21 dezembro, 2016
Assinar:
Postagens (Atom)