Wassily Kandinsky, Deux Côtes, 1938 |
18 janeiro, 2020
17 janeiro, 2020
Maiakovski
Sou poeta. Este é o fulcro dos meus interesses. É disso que
escrevo. Do resto – só se me sobrarem palavras.
Maiakovski, Eu Próprio-Poesia 1912-1926
16 janeiro, 2020
15 janeiro, 2020
Kurt Marti
não existiu
já um
que andava sobre as águas?
mais ninguém
conseguiu fazer o mesmo
mas
que tu
uma não-nadadora
nades contra a corrente
não é um milagre menos significativo
Kurt Marti (trad.Luís Parrado)
Frederico Mira George
Frederico Mira George, «Quem tem um elefante não morre num asilo de velhos», 2020 |
14 janeiro, 2020
Alejandra Pizarnik
Mis palabras exigen silencio y espacios abandonados.
Alejandra Pizarnik (excerto do poema La Noche - 23/11/1969)
Alejandra Pizarnik (excerto do poema La Noche - 23/11/1969)
Alejandra Pizarnik
Os que chegam não me encontram.
Os que espero não existem.
Alejandra Pizarnik (excerto do poema Fiesta)
Os que espero não existem.
Alejandra Pizarnik (excerto do poema Fiesta)
Alejandra Pizarnik
(...) e diremos tantos poemas que as nossas línguas se incendiarão como rosas.
Alejandra Pizarnik, Diários, 4 de agosto de 1962 (excerto)
Alejandra Pizarnik, Diários, 4 de agosto de 1962 (excerto)
13 janeiro, 2020
12 janeiro, 2020
11 janeiro, 2020
05 janeiro, 2020
Albert Camus
03 janeiro, 2020
02 janeiro, 2020
30 dezembro, 2019
26 dezembro, 2019
Roberto Juarroz
Uma rede de olhares
mantém unido o mundo,
não o deixa cair.
E ainda que não saiba o que se passa com os cegos
hão-de os meus olhos apoiar-se numas costas
que podem ser as de deus.
No entanto
o que eles buscam é outra rede, outro fio,
que agora encobre os olhos com um fato emprestado
e precipita uma chuva já sem solo nem céu.
É isso que buscam os meus olhos,
o que nos descalça
para ver se algo mais nos sustenta por baixo,
ou inventar um pássaro
para averiguar
se existe o ar,
ou criar o mundo
para saber se há deus,
ou aceitar meter um chapéu
para comprovar que existimos.
Roberto Juarroz, in
As Causas Perdidas,Antologia de Poesia Hispano-Americana, António Cabrita
mantém unido o mundo,
não o deixa cair.
E ainda que não saiba o que se passa com os cegos
hão-de os meus olhos apoiar-se numas costas
que podem ser as de deus.
No entanto
o que eles buscam é outra rede, outro fio,
que agora encobre os olhos com um fato emprestado
e precipita uma chuva já sem solo nem céu.
É isso que buscam os meus olhos,
o que nos descalça
para ver se algo mais nos sustenta por baixo,
ou inventar um pássaro
para averiguar
se existe o ar,
ou criar o mundo
para saber se há deus,
ou aceitar meter um chapéu
para comprovar que existimos.
Roberto Juarroz, in
As Causas Perdidas,Antologia de Poesia Hispano-Americana, António Cabrita
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