Pisanello, Cabeça de cão, Códice Vallardi, 1433-36 |
24 abril, 2019
19 abril, 2019
Rui Knopfli
Entretanto, num levedar de ternura,
frágil e muito bela a vida desponta
na negra polpa de outros dedos.
Para nós, o prémio do aço,
a estrela de pólvora, a comenda do fogo.
Para nós a consolação do sorriso triste
e da amargura sabida. Falamo-nos
e nas palavras mais comuns
há rituais de despedida. Falamos
e as palavras que dizemos
dizem adeus.
Rui Knopfli, Máquina de Areia
frágil e muito bela a vida desponta
na negra polpa de outros dedos.
Para nós, o prémio do aço,
a estrela de pólvora, a comenda do fogo.
Para nós a consolação do sorriso triste
e da amargura sabida. Falamo-nos
e nas palavras mais comuns
há rituais de despedida. Falamos
e as palavras que dizemos
dizem adeus.
Rui Knopfli, Máquina de Areia
15 abril, 2019
Raul de Carvalho
Nada de inúteis palavras apenas proferidas pela língua.
O riso deve ter um alvo.
A lágrima deve ter um rio comum onde se deite e corra.
A raiva deve adormecer satisfeita.
A crítica deve atingir os seus fins.
O sono deve acordar a tempo.
O sonho deve saber onde está e o que quer.
E dividir com alguém o sacrifício, a espera,
a desilusão, a esperança, o receio
da morte e o caminho da vida.
As palavras devem permanecer juntas e unidas
no coração dos homens:
Aqueles que estão prontos
A, não acreditando nelas,
Serem capazes de morrer por elas.
E pelos outros.
Raul de Carvalho, Um E O Mesmo Livro
O riso deve ter um alvo.
A lágrima deve ter um rio comum onde se deite e corra.
A raiva deve adormecer satisfeita.
A crítica deve atingir os seus fins.
O sono deve acordar a tempo.
O sonho deve saber onde está e o que quer.
E dividir com alguém o sacrifício, a espera,
a desilusão, a esperança, o receio
da morte e o caminho da vida.
As palavras devem permanecer juntas e unidas
no coração dos homens:
Aqueles que estão prontos
A, não acreditando nelas,
Serem capazes de morrer por elas.
E pelos outros.
Raul de Carvalho, Um E O Mesmo Livro
13 abril, 2019
Testemunhas
10 abril, 2019
08 abril, 2019
07 abril, 2019
05 abril, 2019
Wallace Stevens
Deita fora as luzes, as definições,
E diz do que vês no escuro
Que é isto ou que é aquilo,
Mas não uses os nomes podres.
Wallace Stevens, O Homem da Viola Azul
E diz do que vês no escuro
Que é isto ou que é aquilo,
Mas não uses os nomes podres.
Wallace Stevens, O Homem da Viola Azul
01 abril, 2019
31 março, 2019
aves
Ao contrário dos humanos, que raramente voam, elas
deleitam-se no voo, mas ainda ao contrário dos humanos
é muito raro que o façam na direcção de uma gaiola.
Rui Caeiro, Deus e outros animais
deleitam-se no voo, mas ainda ao contrário dos humanos
é muito raro que o façam na direcção de uma gaiola.
Rui Caeiro, Deus e outros animais
Hannah Höch, Bilderbuch, 1945 |
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poesia,
poesia portuguesa,
Rui Caeiro
29 março, 2019
estrelas
algumas estrelas já foram levantadas, protegidas por andaimes, gémeas cobertas de terra.
CT, 2016
CT, 2016
Frederico Mira George, Féliz, 2017 |
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Frederico Mira George,
poesia portuguesa
27 março, 2019
24 março, 2019
22 março, 2019
21 março, 2019
Rui Chafes
A verdadeira liberdade é justamente poder não ter, poder abdicar, renunciar, poder prescindir. Essa é que é a verdadeira liberdade, esse é que é o luxo.
Rui Chafes ( no documentário de João Trabulo, Durante o Fim, 2017)
Rui Chafes ( no documentário de João Trabulo, Durante o Fim, 2017)
20 março, 2019
19 março, 2019
18 março, 2019
Bridget Riley
17 março, 2019
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