27 fevereiro, 2008

robert mapplethorpe


Robert Mapplethorpe, 1983

25 fevereiro, 2008

Man Ray


Man Ray, s/título, 1931

23 fevereiro, 2008

valentine na piscina


Valentine Schmidt, Plunge 2, 2000/2003

Valentine Schmidt


Valentine Schmidt, Plunge 3, 2000/2003

20 fevereiro, 2008

Sarah Afonso


Sarah Afonso, "As Meninas", 1928

19 fevereiro, 2008

Clube da Imaginação


PERGUNTAS E RESPOSTAS DESENCONTRADAS

O que é a morte?É uma chave para 83 fechaduras.

O que são as lágrimas?São canetas a fazer que escrevem.

O que é uma recordação?É um nariz empinado.

O que é uma piscina?E abrir os olhos e ver o lado de dentro.

O que é um sorriso?É um carro a voar.

O que uma pergunta?È um pano azul a tapar o céu.

O que é um amigo?É um soldado a rir.

O que é um carro?É um bicho com vinte patas.

O que é um papel?
É um sapato a chorar.

O que é o sono?É uma coisa muito feliz.

O que é o mundo?E um conjunto de sininhos a tocar.

Porque é que os cães ladram?Porque as abelhas voam baixinho.

Porque é que as velhinhas ficam baixinhas com a idade ?Porque anoiteceu.

PERGUNTAS COM RESPOSTAS ENCONTRADAS

O que é um papel?
- É uma árvore velhinha.

O que é crescer?
- É ficar acordado até tarde.

O que é o calor?
- É ter douradinhos na boca.

O que é o mundo?
- É uma caixa de sapatos, com sapatos lá dentro.

O que é um nabo?
- É um monstro verde com pele de galinha.

O que é o sol?
- É um monte de abelhas a girar.

(textos colectivos - Adriana, Ana Rita, Francisco, João, Joana, Rita)

16 fevereiro, 2008

Jenny Holzer à noite


Jenny Holzer, "Writing in Walls by Night", 2003

12 fevereiro, 2008

Jenny Holzer


Jenny Holzer, 2004

10 fevereiro, 2008

separação dos mares e da terra


Separação dos mares e da terra, Livro de Horas franciscano, c.1385-90

criação do céu


Criação do céu, Livro de Horas franciscano, c.1385-90

08 fevereiro, 2008

inventez ce qui a dejá été inventé

Laissez les influences jouer librement, inventez ce qui a déjà été inventé, ce qui est hors de doute, ce qui est incroyable, donnez à la spontanéité sa valeur pure. Soyez celui à qui l'on parle et qui est entendu. Une seule vision, variée à l'infini.

Le poète est celui qui inspire bien plus que celui qui est inspiré.

Paul Éluard , "Ralentir Travaux", 1930

07 fevereiro, 2008

Callum Innes


Callum Innes, "Exposed Painting Cobalt-Violet", 2007

05 fevereiro, 2008

Os nomes

Não os escrevi no tecto por serem grandiosos, mas por serem companheiros. Rojas Giménez, o transumante, o nocturno, trespassado pelos adeuses, morto de alegria, despassarado, louco da sombra.
Joaquín Cifuentes, cujos tercetos rolavam como pedras no rio.
Federico, que me fazia rir como mais ninguém e que nos enlutou a todos por um século.
Paul Eluard, cujos olhos cor de miosótis me parece que continuam celestes e que conservam a sua força azul debaixo da terra.
Miguel Hernández, assobiando-me à maneira de um rouxinol das árvores da Rua da Princesa antes de os presídios apanharem o meu rouxinol.
Nazim, aedo rumoroso, cavaleiro valente, companheiro.
Por que se foram embora tão depressa? Os seus nomes não resvalarão das vigas. Cada um deles foi uma vitória. Juntos foram para mim toda a luz. Agora uma pequena antologia das minhas dores.

Pablo Neruda, “Uma Casa na Areia”

04 fevereiro, 2008

Robert Mapplethorne


Robert Mapplethorne, "Iris", 1989

02 fevereiro, 2008

Herberto e Kiki


Kiki Smith, "Standing"
Uma golfada de ar que me acorda numa imagem larga.
Os braços apertam os pulmões da estrela.
e o golpe freme a toda a altura negra. Tremo
na linha sísmica que atravessa o sono.
De ferro em brasa na cabeça,
medo e delírio,
o sombrio trabalho de beleza com as unhas fincadas
na matéria atenta
à olaria.
E súbito, apenas pelo uso elementar das coisas,
esse júbilo terrível.

Herberto Helder, "Ou o Poema Contínuo"





01 fevereiro, 2008

russell edson, não cresças na sala

Russell Edson

Uma vez um homem encontrou duas folhas e entrou em casa segurando-as com os braços esticados dizendo aos pais que era uma árvore.

Ao que eles disseram então vai para o pátio e não cresças na sala pois as tuas raízes podem estragar a carpete.

Ele disse eu estava a brincar eu não sou uma árvore e deixou cair as folhas.

Mas os pais disseram olha é outono.


Russell Edson, "O Túnel"