Gertrude Goldshmidt, s/título, 1970

Charles Marville, "Catedral de Chartres", 1855

Henri Le Secq, "Chartres", 1852

André Lhote, "Femme Lisant",1945

Félix Vallotton, "La Paresse", 1896

Manet, "A amante de Baudelaire Recostada", 1862

A Construção do Poema 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 e 10
- imagens retiradas de "Medical and Surgical Antiques Archives", de Alex Peck

para a construção do poema 10

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para a construção do poema 2

para a construção do poema

pedir a um homem que nunca se distraia

Henryk Hermanowicz, "Mulher Com Olhos Fechados",1937

Sentir a justiça de um texto muito antes de ter compreendido o seu significado, graças àquele puro timbre que pertence apenas ao estilo mais nobre: o qual por sua vez nasce da justiça.
(...)
Não conheço poesia universal sem uma raiz bem precisa: uma fidelidade, um retorno.
(...)

na poesia, a imagem preexiste à ideia que passa por dentro dela. Durante anos ela pode seguir um poeta, doméstica e fabulosa, familiar e inquietante, com frequência uma imagem da primeira infância, o nome estranho de uma árvore, a insistência de um gesto. Espera com impaciência que a preencha a revelação.
(...)
A atenção é o único caminho para o inexprimível
(...)
Pedir a um homem que nunca se distraia, que se subtraia sem descanso ao equívoco da imaginação, à preguiça do hábito, à hipnose do costume, a sua faculdade de atenção, é pedir-lhe que actue na sua máxima força.
É pedir-lhe uma coisa próxima da santidade numa época que parece procurar apenas, com cega fúria e arrepiante sucesso, o divórcio total da mente humana em relação à sua faculdade de atenção.

Cristina Campo, “Os Imperdoáveis”

John Heartield, entre 1930-37

John Heartfield, entre 1930-37