"Não é preciso ser muito sagaz para saber que uma raposa é mais esperta do que uma minhoca, mas é necessário ser mais do que sagaz para saber o que isso significa, se é que isso significa alguma coisa. Atribuímos inteligência a homens, animais, computadores, e ultimamente, começámos a falar de edifícios inteligentes, de automóveis inteligentes e até de esquentadores ou cafeteiras inteligentes. Por este andar a inteligência vai estar tão disseminada à nossa volta, integrada com tanta eficácia nos objectos de uso corrente, que nos permitirá o supremo prazer de voltarmos a ser estúpidos e de gostarmos de o ser."
Primeiras linhas de
"Teoria da Inteligência Criadora"
José Antonio Marina
trad. Fernando Moutinho
Caminho, 1995