Albrecht Durer, Estudo para uma Virgem Santa, c.1503 |
16 abril, 2014
11 abril, 2014
Poema número 20
Acordo e forma-se um silêncio espantoso
na boca. É como ter os dentes colados,
Os lábios açaimados com cordas e a língua
Completa de verbos, incapaz. São horas
Mudas e primitivas, pensando livros.
na boca. É como ter os dentes colados,
Os lábios açaimados com cordas e a língua
Completa de verbos, incapaz. São horas
Mudas e primitivas, pensando livros.
Frederico Mira George, Um
Fósforo na Mão, 2013
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10 abril, 2014
Rosa Rosae
«Sem o parecer, respondo
desta maneira à pergunta:"Qual é a finalidade da poesia?" - A de nos
tornar habitável o inabitável, respirável o irrespirável».
Henri Michaux
CT, Rosa Rosae, abril 2014
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Sleeping Head
09 abril, 2014
simples como é
a claridade é a coisa
mais difícil de encontrar
Mário Henrique Leiria
a claridade é a coisa
mais difícil de encontrar
Mário Henrique Leiria
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08 abril, 2014
A poesia é um meio de conhecimento e acção de cujos frutos, bons ou maus, só o poeta aproveita (facto, este, de que muito poucos se dão conta) e daí a inutilidade dos esforços para ligá-lo a qualquer filosofia, política ou teologia, inutilidade que não se desmente no caso de ser o próprio poeta a fazer essa aproximação. É (foi) o caso de Régio como o de Mayakovsky: a sua voz continuará estranha e o sentido das suas palavras incompreensível mesmo para aqueles que escolheu como correligionários. É que o poeta é rebelde sem premeditação, demolidor de tudo e de si próprio, esforçadamente anti-caridade-encostada-às-esquinas-de-pistola-em-punho ou caneta-na-mão-lágrima-de-jacaré.
Perfecto E. Quadrado, A Única Real Tradição Viva - Antologia da Poesia Surrealista Portuguesa, excerto de Carta ao Egito, de Pedro Oom, 1949
07 abril, 2014
06 abril, 2014
05 abril, 2014
02 abril, 2014
28 março, 2014
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