04 setembro, 2015

Lucian e Caroline (the girl)

Lady Caroline Blackwood e Lucian Freud, 1949

03 setembro, 2015

Nuno de Campos, Lap, 1999



Nuno de Campos, Lap, 1999


02 setembro, 2015

Pablo e Yayou

Por ti, afligem-me os pesados perfumes do Estio: por ti torno a vislumbrar os sinais que precipitam os desejos, as estrelas em fuga. Os objectos que caem.

Pablo Neruda, Nasci Para Nascer


Yayou Kusama aos 10 anos, 1939

01 setembro, 2015

Florence Henri

Florence Henri, Autoportrait au miroir, 1930

31 agosto, 2015

Paul Celan

Respira três vezes fundo,
resplandece três vezes fundo.

Paul Celan, Não Sabemos Mesmo o Que Importa, (trad.Gilda Lopes Encarnação)



CT, Praia das Maçãs, 2015



30 agosto, 2015

Justino Alves - A Pintura!

Justino Alves (1940-2015)

Justino Alves, serigrafia, 1989

Justino Alves, óleo s/tela, 1992

Justino Alves, Formas Planas, óleo s/ tela,  2011

















07 agosto, 2015

Sonia e Luís (e também Blaise)


Sonia Delaunay, 1913
encadernação para o livro "Les Pâques" de Blaise Cendrars 























O corpo dividido em duas partes
fechadas
à chave uma na outra, avanço
num duplo coração como se fosse
ao mesmo tempo um só barco por dois rios.

Luís Miguel Nava, Poesia Completa 

06 agosto, 2015

CT, autoretrato, 2015


05 agosto, 2015

Ruy e Pierre

Feliz aquele que administra sabiamente
a tristeza e aprende a reparti-la pelos dias
Podem passar os meses e os anos nunca lhe faltará


Ruy Belo, O Problema da Habitação

Pierre Boucher, L´eau, 1935


04 agosto, 2015

Harry Callahan, Eleanor, 1948

03 agosto, 2015

Harry Callahan

Harry Callahan, Eleanor, 1948

01 agosto, 2015

Deste lado, contempladores, espera-nos tudo: não há senão que merecê-lo.

Julio Cortázar, Papéis Inesperados



Vincent Desiderio, Hitchcock´s Hands, 2012

pálpebras


     Temos muitíssimas pálpebras e, no fundo, perdidos, estão os olhos. A lista de pálpebras - que continuo a descobrir e a classificar - inclui a instrução primária, o contrato social, a tradição, o culto dos antepassados sem descriminar entre os meritórios e os idiotas, o realismo ingénuo, a vivacidade, o a mim não me enganam, a necessidade de combinar o roupeiro provençal, o cinema e Vasari. As pálpebras são muito úteis porque protegem os olhos; tanto que, afinal, não os deixam assomar para beberem o seu vinho de luz. Otano, com grandes pinças, pôs-se a arrancar pálpebras. Ai, dói; caramba se dói. Quase que faz ver estrelas.

     Os olhos são para ver as estrelas.

Julio Córtazar, Papéis Inesperados

31 julho, 2015

Breton, Eluard, Char

André Breton, Paul Eluard, René Char

30 julho, 2015

la beauté

Colagens de André Breton e de Paul Eluard para 
Le Tombeau des Secrets de René Char 

29 julho, 2015

mão de poeta

R. Gargiolli, Mano di Poeta

28 julho, 2015

A RIMBAUD

Quando Rimbaud se tornou negreiro
e lançou sua rede
sobre a Etiópia
para caçar leões pretos
cisnes pretos
abandonou a poesia...
como era honesto aquele rapazinho...
mas muitos poetas se tornaram traficantes de escravos,
usuários
e não abandonaram a poesia.
no palácio do sultão os seus poemas
viraram portas e janelas
e não abandonaram a poesia...
elogiaram,
receberam medalhas e títulos,
ouro, prata e taças de pedra
e não abandonaram a poesia...
a marca do gendarme estava nos seus poemas
e não abandonaram a poesia...
como era honesto Rimbaud...
como era honesto aquele rapazinho...

Mu´In Besseisso (Palestina), trad. Adalberto Alves


27 julho, 2015

CT, L´endormi 
(fotografias sobre desenho de 1990),
 2015





25 julho, 2015

O céu agrada-me pensar que é a memória de dois ou três amigos, aqueles contra cujos lábios a partir de dentro empurraremos, docemente os nossos nomes e que, quando levam a comida à boca, sabem que é a nós que estão a alimentar. São dois ou três amigos, aqueles só em cujos corações enfiamos achas, o clarão atinge-lhes os olhos, pensarão: hoje a memória é como se a trouxéssemos em braços. Não sei se quando o mar lhes vier ao espírito o ouviremos rebentar, o certo é que por ele às vezes sobem as marés. Há ondas que se vê terem por ele passado antes de contra o nosso corpo deflagrarem.

Luís Miguel Nava, Poesia Completa 1979-1994, Publicações D. Quixote


Tristan Tzara, Paul Eluard, André Breton, Hans Arp, Salvador Dalí, Yves Tanguy, Max Ernst, René Crevel e Man Ray